AS OLIMPÍADAS E O TIBET

Desde que a China foi escolhida para sediar as próximas olimpíadas os protestos dos defensores da paz e do respeito pela cidadania alheia começaram a evoluir de forma constante em todo o mundo, em razão das atrocidades que a política chinesa tem atribuído por ocasião da invasão do Tibet, causando todos os tipos de crueldade com aquele povo – conhecido entre nós como seguidores do budismo – que só tem como bandeira a sua crença, através dos incontáveis Monastérios que abrigam o seguidores das seitas busdistas. Tratam-se de ermitães que só pensam em reverenciar o ente Superior, através de sua cultura e crença.

Hoje, depois de uma invasão de quase meio século só se vê destruição da cultura Tibetana e morte de mais de 1.200.000 tibetanos que tombaram desde a ocupação da China do seu território. Tem-se notícia de que cerca de 6.000 Monastérios já foram destruídos pela Milícia chinesa que procura a todo custo impedir que seus monjes façam suas orações.

As matas virgens do Tibet são desvastadas diurturnamente através da extração da madeira por empresas chinesas que invadem as terras e extraem esse produto do meio embiente, transformando o Tibet em regiões devastadas, ocasionando sérios transtornos para o seu povo. Houvem-se notícias de que o ouro, a prata e bronze, que serão utilizados para premiação nas Olimpíadas são extraídos do território tibetano e ninguém pode interferir, porque qualquer afronta aos mecanismos de extração; a morte é certa.

Por conta desses horrores da invasão chinesa, que causa prisões injustas, torturas sem precedentes, assassinatos de pessoas humildes e genocídios, o mundo se mobiliza através das pessoas que se mostram indignadas e muitas vezes de forma insana tentam frear a marcha da Tocha Olímpica e, muitos de nós – até por não sabermos mais sobre essas barbáries – ficamos perplexos como as pessoas se arriscam nos diversos países para que esse símbolo da chama olímpica seja ofuscado por ações insanas sob o ponto de vista da distância, causando até indignação (em razão do respeito pelo espírito olímpico), mas que tem uma razão muita eloqüente para existir, pois no mundo moderno – onde na maioria dos países impera a democracia – já não se admite que povos sejam espezinhados por ações ditatoriais que beiram à loucura.

Em todo caso, como as Olimpíadas na China já são uma realidade, pelo menos temos de reconhecer que a escolha desse País - embora motivada por outros fatores políticos e de cunho mercantil - está se tornando uma vitrine para o mundo, que está despertando para essa triste realidade do povo Tibetano que sofre há tanto tempo e a maioria do mundo não assistia ao seu dilema. Creio que essa abertura que a Olimpíada está oferecendo para o problema irá garantir uma janela de esperança para o sofrimento daquele povo, pois agora o mundo sabe das atrocidades e estará atento para repudiar essas ações selvagens do Governo Chinês.

Por outro lado, a própria China, vendo a abertura dessas janelas, dando possibilidade do nascimento da luz de esperança para o provo oprimido, aos poucos, será convencida de que já é hora de desacelerar sua ganância e refazer seus conceitos, para que paz do povo Tibetano volte a reinar depois de tanto sofrimento.

A nós brasileiro resta-nos muito pouco a fazer, a não ser pedir que o Buda que inspira a fé daquele povo, iluminado pelo idealismo do Dalai Lama, possa amenizar o sofrimento do seu povo com a luz espiritual que vem dos Céus e num tempo remoto possa gozar de liberdade e de dignidade, longe das agruras do povo invasor.