Valentina
Pela tarde de amargura, Valentina acalenta a criança morta no seu peito seco e encarquilhado pela fome.
O amor a reduziu a ossos e palidez.
Sofreu no inimitável e árido deserto da incompreensão mundana.
Já não sorri ...
Olhos fundos, poço vazio, Valentina caminha para o nada.
Porque dela, a vida agora levou tudo, enrolado naquela troxinha de pano, empedernida.
GARDÊNIA SP 22/4/2008