Valentina

Pela tarde de amargura, Valentina acalenta a criança morta no seu peito seco e encarquilhado pela fome.

O amor a reduziu a ossos e palidez.

Sofreu no inimitável e árido deserto da incompreensão mundana.

Já não sorri ...

Olhos fundos, poço vazio, Valentina caminha para o nada.

Porque dela, a vida agora levou tudo, enrolado naquela troxinha de pano, empedernida.

GARDÊNIA SP 22/4/2008

Gardênia
Enviado por Gardênia em 22/04/2008
Reeditado em 11/03/2021
Código do texto: T956572
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