SUICÍDIO

Aconteceu no ano passado, em Belo Horizonte, o II Congresso da Associação de Suicidologia da América Latina e o Caribe.

Existe uma associação de suicidologia!

Daqui a pouco surgirá uma associação de péfrioologia.

Quem sabe uma associação de mauhálitologia.

Não vai demorar muito e surgirá uma associação de cornologia, para tentar conter o avanço desenfreado dessa epidemia mundial.

A verdade é que existe essa associação, de suicidologia e ela está restrita à América Latina e Caribe.

Se no lugar mais paradisíaco do mundo, o Caribe, também tem suicídio, o que vamos dizer para quem está na Avenida Paulista, em São Paulo.

Com base em pesquisas da Organização Mundial de Saúde, cerca de um milhão de pessoas se suicidam, por ano, o que dá um suicídio a cada 40 segundos. O suicídio provoca mais mortes do que as guerras, acidentes automobilísticos e homicídios somados.

Conheci algumas pessoas que tiraram a própria vida, que acabaram perdendo a guerra para seus próprios pensamentos, pois tinham tudo o que todos sonhavam. Julgar esses atos e o que levam a esse extremo é quase impossível.

Tão filosófico quanto quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, a primeira idéia que nos vêm na mente quando falamos no assunto delicado de um ser humano tirar a própria vida é se é um ato de coragem ou de covardia.

Alguém já disse que quem quer muito viver, tem que ter coragem para morrer por isto.

O Brasil está entre os dez países com maior taxa de suicídio do mundo. Entre os indivíduos que utilizaram desse estratagema para sair dessa vida, encontram-se somente eleitores e nenhum político (Getúlio Vargas e PC Farias são dois mistérios).

Já a classe política que poderia, pelo menos, estar dentro da média mundial e tentar conter essa expansão demográfica alarmante de seus semelhantes, infelizmente foi constatado que o índice de suicídio, entre eles é zero. A explicação para o fenômeno é muito simples: eles não são de se matar muito.

Sérgio Lisboa.

Sérgio Lisboa
Enviado por Sérgio Lisboa em 20/04/2008
Reeditado em 21/04/2008
Código do texto: T954178
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