Só Faltou o Amor
Nesta semana que hoje termina, estive na Argentina respirando fumaça de queimadas e visitando clientes. Rosario, Posadas, Córdoba e de novo em Buenos Aires.
Quase não saí de lá, pois o "humo" como eles dizem, resultante de queimadas de pastagens a mais de 200 Km. de Buenos Aires e que ocorre todos os anos nessa época que antecede o inverno, desta vez cismou de pegar carona num vento Sul e desembarcou na Capital Federal e seus arredores, tornando a vida dos portenhos, turistas e visitantes um cof! cof! sem fim e invisíveis as ruas, os automóveis, as pistas e os aviões. Apesar disso, em Ezeiza abriu-se um oásis de algumas horas e o vôo decolou.
Posadas é a capital da Província de Misiones e o Rio Paraná é a divisa natural com Encarnación, no Paraguay. É uma pequena cidade de um Estado cuja economia representa pouco mais de 3% do PIB Argentino, mas alí se concentra um foco particular de interesse para minha atividade profissional, que é relacionada também à utilização sustentável das florestas de pinho, abundantes na região.
Mas o que eu queria contar é que alí eu re-encontrei um pedaço saboroso e esquecido da minha infância. Hoje, não quero acreditar, não se faz mais por aquí o que era a sobremesa mais corriqueira: pães amanhecidos, leite, açucar, canela e algo mais em dosagens que só o tato e a sensibilidade das Mamas e Nonas de então conheciam.
O resultado era o pudim de pão, ou "budin de pan" como é chamado na Argentina, com gosto de família, de final de dia, de encontro com os pais, de eloqüência e gestos largos, não raro de broncas memoráveis por haver chegado 2 minutos depois da hora, mas também de abraços e beijos molhados e sinceros.
Nesta semana voltei a comer o pudim de pão, com os mesmos ingredientes de então. Só faltou o amor e sobrou a saudade.
Nesta semana que hoje termina, estive na Argentina respirando fumaça de queimadas e visitando clientes. Rosario, Posadas, Córdoba e de novo em Buenos Aires.
Quase não saí de lá, pois o "humo" como eles dizem, resultante de queimadas de pastagens a mais de 200 Km. de Buenos Aires e que ocorre todos os anos nessa época que antecede o inverno, desta vez cismou de pegar carona num vento Sul e desembarcou na Capital Federal e seus arredores, tornando a vida dos portenhos, turistas e visitantes um cof! cof! sem fim e invisíveis as ruas, os automóveis, as pistas e os aviões. Apesar disso, em Ezeiza abriu-se um oásis de algumas horas e o vôo decolou.
Posadas é a capital da Província de Misiones e o Rio Paraná é a divisa natural com Encarnación, no Paraguay. É uma pequena cidade de um Estado cuja economia representa pouco mais de 3% do PIB Argentino, mas alí se concentra um foco particular de interesse para minha atividade profissional, que é relacionada também à utilização sustentável das florestas de pinho, abundantes na região.
Mas o que eu queria contar é que alí eu re-encontrei um pedaço saboroso e esquecido da minha infância. Hoje, não quero acreditar, não se faz mais por aquí o que era a sobremesa mais corriqueira: pães amanhecidos, leite, açucar, canela e algo mais em dosagens que só o tato e a sensibilidade das Mamas e Nonas de então conheciam.
O resultado era o pudim de pão, ou "budin de pan" como é chamado na Argentina, com gosto de família, de final de dia, de encontro com os pais, de eloqüência e gestos largos, não raro de broncas memoráveis por haver chegado 2 minutos depois da hora, mas também de abraços e beijos molhados e sinceros.
Nesta semana voltei a comer o pudim de pão, com os mesmos ingredientes de então. Só faltou o amor e sobrou a saudade.