... NO NINHO, PARECE MAIS FÁCIL....

Na entrada, de cara, encontrei uma exposição que sempre me entereça. Fotografia. Sempre fui facinado com a possibilidade de paralisar o que vêmos. (Todas estavam ampliadas em 100x0,50). Lindas simplesmente.

Num outro momento, eramos convidados a assistir um vídeo-documentário, sobre ações em várias áreas nas periferias da cidade. (Os vídeos foram produzidos por jovens em ofícinas). Eu estava mesmo ancioso pelo momento final. Esperavamos pela cineasta Lúcia Murat, que acaba de lançar mais uma produção nacional. (Maré, nossa história de amor).

Pude perceber, um bom número de jovens. Acredito que todos, encantados com a proposta da produção. Meninas e meninos. (Costumo tratalos assim, devido o costume com meus alunos). Em sua maioria, oriundos dessas periferias, pesquisadores e estudantes da sétima arte.

Para início de conversa, a diretora, exibiu o maike off das suas andanças com a preparação do filme. (Nas filmagens que realiso, sempre valoriso os maike off, lá ficam as delícias dos primeiros movimentos da obra). Análisamos as possibilidades possíveis e impossíveis, as difículdades, os erros, os acertos, os risos, os choros, enfim, vimos tudo ou quase tudo.

Para mim, cinema é isso. A possíbilidade que você tem de se vêr e mostrar o que realmente você sente. E naquele momento, eu me sentia no meu ninho.

Claro. Não podia deixar de levar minha arma secreta. Filmei tudo.

É assim que nasce a história.