BOM BOCADO DE AMOR.
E àquele bombom deixado sobre a mesa
Não era um simples bombom de chocolate...
Tal qual aqueles lembretes que são fixados à vista – neles escrito:
- Não esqueça, Eu te amo;
- Lembrando de ti, reitero, Eu te amo...
Em regra aos três anos de idade não se está apto a escrever, todavia, o amor cria suas formas e condições, e expressa-se:
- Ontem comi um chocolate e deixei um pra você lá na mesa.
Você achou?
Àquela, singela lembrança, inocentemente, deixada ali sobre a mesa da cozinha, na noite anterior, com o propósito de ser encontrada. Significou mais, ao trazer consigo uma linda lição de carinho; que ao ser dividido, multiplica-se mais e mais, e, inexplicavelmente agregam-se a essas operações sabores, cores e coisas que apetecem e surpreendem, sumamente, a alma.
Que consigamos demonstrar assim simples, pleno e puro, o amor.
Lembrando o ser querido com ternura, e, ainda que esteja distante lembremos de dividir nossos chocolates, deixado-os ao alcance para que possam ser encontrados, e assim ao serem degustados percebam, também, ali o nosso amor.
Se me perguntassem: que gosto tem o amor?
Segura, mais, que nunca diria:
Gosto de lembrança.
Lembrança, essa, que tem gosto de chocolate...
Em realidade, o gosto difere-se do melhor bombom de chocolate o sublime sabor, surpreendente, de um Bom Bocado de Amor!