Muralha
Caminhei pelo sonho, escalei a vida
E a vi do outro lado, distante de mim.
Você estava mais bela, minha luz amarela
Meu sonho distante com brilho de amor.
Em mim nostalgia.
E eu não conseguia decifrar o enigma...
O sonho foi tão profundo, tão real
Que me senti do outro lado da vida
Olhando você, minha estrada florida.
O caminho era longo, algo diferente:
Os vaga-lumes passeavam pelo véu da noite
Escuro dando ao cenário um toque de magia...
Cispas de fogo saíam pelas ventas dos dragões,
Clareando de quando em vez, a noite para aquecer
O coração sonhador do poeta.
O suor corria no seu rosto e por outras partes
Do meu corpo, como a água do riacho carregando
As pedras que constroem as muralhas que separam
A morte e a vida e que através dos sonhos
Inacabados conseguimos transpor.
Nem tudo era beleza e fantasia do outro lado da
Muralha que separava a vida da morte.
Havia também sofrimento e dor... Mulheres de cor
Choravam lagrimas tão quentes que deixavam suas
Marcas de profunda tristeza no coração do poeta,
Esse sonhador incorrigível – gente que é gente –
Construtor de sonhos, fabricante de emoções.