Muralha

Caminhei pelo sonho, escalei a vida

E a vi do outro lado, distante de mim.

Você estava mais bela, minha luz amarela

Meu sonho distante com brilho de amor.

Em mim nostalgia.

E eu não conseguia decifrar o enigma...

O sonho foi tão profundo, tão real

Que me senti do outro lado da vida

Olhando você, minha estrada florida.

O caminho era longo, algo diferente:

Os vaga-lumes passeavam pelo véu da noite

Escuro dando ao cenário um toque de magia...

Cispas de fogo saíam pelas ventas dos dragões,

Clareando de quando em vez, a noite para aquecer

O coração sonhador do poeta.

O suor corria no seu rosto e por outras partes

Do meu corpo, como a água do riacho carregando

As pedras que constroem as muralhas que separam

A morte e a vida e que através dos sonhos

Inacabados conseguimos transpor.

Nem tudo era beleza e fantasia do outro lado da

Muralha que separava a vida da morte.

Havia também sofrimento e dor... Mulheres de cor

Choravam lagrimas tão quentes que deixavam suas

Marcas de profunda tristeza no coração do poeta,

Esse sonhador incorrigível – gente que é gente –

Construtor de sonhos, fabricante de emoções.

Teixeira Marques
Enviado por Teixeira Marques em 17/04/2008
Código do texto: T950033
Classificação de conteúdo: seguro