Da maça á melancia
Depois de milhares de ano de uma tentação com maça, quem tenta o homem moderno é a melancia. Estampando varias revistas e fotos pipocando pela Internet, a dançarina do créu, revolve a cabeça dos homens, e muitas mulheres. Diante disso aparecem dois dilemas no nosso país.
Primeiro: Já é sabido, desde os dinossauros, que os homens preferem mulheres como a mulher melancia, por assim dizer, formosa. Conclui-se que as mulheres estão pouco ligando para os homens. Até, vale lembrar, nenhum homem leva em consideração se a bolsa e sapato combinam, pois ele não sabe fazer esta combinação. Esta paranóia feminina de adquirir forma de taquara, não condiz com a paixão nacional. Alem de correrem riscos fazendo cirurgias plásticas, para às vezes, pouca diferença de resultado. Somos formados naturalmente para termos uma imagem de acordo com nossa vivência de mundo, e tempo dispêndido sobre ele. Somos açoitados pelo tempo, para aos sessenta apresentar uma fisionomia merecida, não fabricada.
Segundo: O valor exagerado que dão a essa parte do corpo feminino, dispensando outros valores, como a própria mulher melancia disse outro dia:
“Eu não vivo só da minha bunda, tenho um corpo lindo”.
Viva os anais da filosofia.
Nosso organismo, assim como tudo nesta terra, tem um ápice, e neste cume de vida, todas as peças estão unidas, não podemos dispensar uma e cuidar da outra. Espero pelo menos que as ironias finas, ou baratas, surtam efeito, pois parece inatingível ultimamente.
Foi se o tempo que a juventude era uma banda numa propaganda de refrigerante, agora parece ser uma propaganda de hortigranjeiro. Logo mais, em vez da balada, o lugar das famosas “caçadas” será na feira livre.
A estórinha da maça sabemos como acabou, precisamos usar roupa, depois destas frutas todas que estão aparecendo, de mulher jaca, pêssego, uva, moranguinho, e por ai vai. Evoluindo nesta ordem, logo estaremos nus, de volta as cavernas ou no paraíso, que no Brasil, vai depender da melancia maior.
Quem tem dinheiro vai poder passar no Pitanguy antes. Esperamos ansiosamente, que depois de tanto estica e puxa, não acabemos apenas com uvas passas.