EIS O PÃO DA VIDA
EIS O PÃO DA VIDA
Cada vez que me sento à mesa para comer,
Eu lembro daqueles que não tem nem mesa,
Muito menos o que comer.
O pão está faltando!
O pão não esta faltando? O que está faltando é o espírito de partilha na mesa de muitos irmãos.
Nos supermercados, há carrinhos lotados e carrinhos desolados.
Carrinhos de mil reais e carrinhos de cento e cinqüenta reais.
Carrinhos que levam os supérfluos e carrinhos que não conhecem os supérfluos.
É preciso colocar nos lábios de muita gente o sabor deleitável do verdadeiro pão,
Para que ela sinta o verdadeiro sabor da partilha.
É preciso que chegue ao paladar de milhões de pessoas o verdadeiro recheio do belo pão.
Para que esses milhões sintam a secura daqueles que nem tem pão.
É preciso que o fermento que faz o pão chegue às narinas dos concentradores de poder e bens.
Para que eles percebam o azedume da vida de quem não tem pão para comer.
É preciso mostrar para muitas bocas o ácido do trigo, para que conheçam a origem daquela delicada farinha com a cor da paz.
É preciso apresentar aos cegos por causa do ter, as mãos que modelam a massa, que dão formatos aos pães e enchem as barrigas dos famintos.
Que todos possam ver no pão as pessoas que dele necessitam.
Que todos possam ver no pão a partilha e o perdão.
Que todos possam ver no pão a justiça e a vida plena que dinheiro não compra.
Então podemos dizer: “EIS O PÃO DA VIDA”.
Igualdade social também passa pelas mesas e pelos pães.
É isso!
Acácio.