O BILHETE.

Na cabeceira da cama, um livro mal lido.

Na escrivaninha, objetos desarrumados.

Algo acontecera.

Ela não estava em casa.

Passos-detetives percorreram os aposentos.

Um caminhar de homem-gato, sem fazer barulho.

Suspirava fundo, vendo a bagunça total.

Tudo desarrumado.

Um assalto?

Um seqüestro?

Pensou na conta bancária. No alto preço do resgate.

Correu ao telefone.

Hesitou ao ver o bilhete.

Nele, escrito:

Adeus!

Pode chegar sempre mais tarde e esquecer o nosso aniversário...de casamento.

jose antonio CALLEGARI
Enviado por jose antonio CALLEGARI em 05/01/2006
Reeditado em 05/01/2006
Código do texto: T94808