Intertextualidade e Polifonia - avaliação e nota

Disse o professor que aquilo não é uma Resenha, que eu jamais poderia citar Barthes como se o tivesse consultado na fonte, jamais poderia ter omitido o nome da autora do texto resenhado (supostamente resenhado), Ingedore Kock, que não deveria ter publicado como resenha um texto que não é uma resenha, que não deveria ter escrito seu nome com uma consoante a mais e que a nota é 1,5.

Veja, isto foi o dito, o textual.

Caguei, andei, perguntei quantas faltas e sentei o rabo na ratueira. Pelo menos evitei a nota 10, a pior forma de alienação que a educação impinge aos cidadãos brasileiros objetivando torná-los os mais cretinos do mundo civilizado

Quer saber o não-dito, como li entrelinhamente, extratextualmente, intertextualmente, pragmaticamente, semânticamente e mais meia dúzia de ‘mentes’? (Ah, estou abrindo este parêntese somente porque esqueci de citar, ortograficamente, o mais bonitinho de todos: polifonicamente!)

Então, fechei meus olhinhos cheios de astigmatismo, hipermetropia, miopia, etc. e eis a cena ocorrido no 14º andar da UNIP-Paraiso no Lato ensu:

• O professor cuspiu fogo

• Ergueu a perna direita, coçou o saco

• sapateou sério sobre cognição ética

• sacou o pau e disse ‘eu sou é macho’.

Saí da sala trazendo comigo o motivo do embate. Ele veio solicitar que eu o devolvesse porque precisa entregar o material à coordenação do curso; conversamos mais um pouco, despensei o elevador que descia, trocamos os ditos pelos por não-ditos, apertamo-nos as mãos e vazei.