Lendo jornais e escrevendo crônicas.
Ultimamente só leio jornais durante os finais de semana: os de minha cidade e o grande jornal dos mineiros: o Estado de Minas. Neste último, encontro sempre dois cronistas da pesada: Eduardo Almeida Reis e Afonso Romano de Sant'Anna, os quais leio com prazer. Domingo passado, Eduardo Almeida Reis escreveu Charminho Bobo e acabou inspirando este texto que agora escrevo. Ele diz que morre de rir do charminho de certos cronistas quando se queixam da falta de assunto, de inspiração. Chamou minha atenção porque ao escrever minha penúltima crônica quase fui objeto do seu riso se ele fosse meu leitor:eu me queixava de não saber o que escrever. Ainda bem que expliquei que não se devia a falta de assunto pois a vida é prolixa e é exatamente isso que ele fala com outras palavras: todo assunto dá crônica, o que não significa absolutamente que dê uma crônica boa ou ruim. O meu assunto de hoje é o que li nos jornais e ficou dando voltas em minha cabeça doido para sair pela ponta dos dedos. Esta questão do charminho por exemplo: querem maior charme do que está fazendo o Presidente Lula quando diz que não pleiteia o terceiro mandato? Sería crível se quem estivesse lançando a idéia não privasse de sua intimidade ou fosse seu colega de chapa, o vice-presidente. Aliás, Lula adora fazer charminho e o faz novamente ao dizer que quando terminar o seu mandato (qual?) pretende se mudar para um sítio no interior de Pernambuco caso consiga convencer a Primeira Dama. Pulando do alto da pirâmide para a base, jornal lavrense publica que um nobre vereador enviou ao Senhor Presidente um ofício solicitando que todos os candidatos à eleição, nos três níveis( municipal, estadual e federal) tenham diploma de curso superior. Aliás, a vida política no interior apresenta situações tão interessantes quanto na Capital Federal. Em Ingai, aqui pertinho, a prefeita, que se não me engano é médica, teve seu mandato eletivo cassado porque em plena sessão solene da Câmara chamou um determinado vereador de burro, nojento,imbecil, sujo, psicopata, idiota e agressivo em seus requerimentos. Pelo jeito ter curso superior não lhe adiantou muito.
Já a crônica do Afonso Romano de Sant'Anna, que tive o prazer de conhecer há muitos anos atrás durante um dos famosos Festivais de Inverno de Ouro Preto e mais tarde, como palestrante do Projeto Grandes Escritores, fala do " recorte de vida." Ele cita exemplo de duas personalidades de nosso mundo cultural que escolheram recortar a vida. E o que entendi como recorte de vida pode até nem ser o que ele escreveu pois os ouvidos ouvem o que querem ouvir e o olhos vêem o que querem ver. O que meus olhos viram no texto do mestre Afonso? Que estas duas pessoas escolheram viver dentro de sua própria realidade, criando um mundo intocado pela influência externa. Foi um texto que realmente tocou meu sentir porque este é o mundo que procuro para mim. A utopia para a parte final de minha vida. Encontrar um lugar onde a vida possa ser vivida em plenitude de acordo com os meus moldes e não seguindo moldes alheios. E, enquanto vou buscando esse lugar, sigo aqui escrevendo. Escrever é muito divertido, disse em sua crônica Eduardo Almeida Reis, que não é hoteleiro em Ipoema nem senior buyer em Espinosa. Seja lá o que isso for.
Ultimamente só leio jornais durante os finais de semana: os de minha cidade e o grande jornal dos mineiros: o Estado de Minas. Neste último, encontro sempre dois cronistas da pesada: Eduardo Almeida Reis e Afonso Romano de Sant'Anna, os quais leio com prazer. Domingo passado, Eduardo Almeida Reis escreveu Charminho Bobo e acabou inspirando este texto que agora escrevo. Ele diz que morre de rir do charminho de certos cronistas quando se queixam da falta de assunto, de inspiração. Chamou minha atenção porque ao escrever minha penúltima crônica quase fui objeto do seu riso se ele fosse meu leitor:eu me queixava de não saber o que escrever. Ainda bem que expliquei que não se devia a falta de assunto pois a vida é prolixa e é exatamente isso que ele fala com outras palavras: todo assunto dá crônica, o que não significa absolutamente que dê uma crônica boa ou ruim. O meu assunto de hoje é o que li nos jornais e ficou dando voltas em minha cabeça doido para sair pela ponta dos dedos. Esta questão do charminho por exemplo: querem maior charme do que está fazendo o Presidente Lula quando diz que não pleiteia o terceiro mandato? Sería crível se quem estivesse lançando a idéia não privasse de sua intimidade ou fosse seu colega de chapa, o vice-presidente. Aliás, Lula adora fazer charminho e o faz novamente ao dizer que quando terminar o seu mandato (qual?) pretende se mudar para um sítio no interior de Pernambuco caso consiga convencer a Primeira Dama. Pulando do alto da pirâmide para a base, jornal lavrense publica que um nobre vereador enviou ao Senhor Presidente um ofício solicitando que todos os candidatos à eleição, nos três níveis( municipal, estadual e federal) tenham diploma de curso superior. Aliás, a vida política no interior apresenta situações tão interessantes quanto na Capital Federal. Em Ingai, aqui pertinho, a prefeita, que se não me engano é médica, teve seu mandato eletivo cassado porque em plena sessão solene da Câmara chamou um determinado vereador de burro, nojento,imbecil, sujo, psicopata, idiota e agressivo em seus requerimentos. Pelo jeito ter curso superior não lhe adiantou muito.
Já a crônica do Afonso Romano de Sant'Anna, que tive o prazer de conhecer há muitos anos atrás durante um dos famosos Festivais de Inverno de Ouro Preto e mais tarde, como palestrante do Projeto Grandes Escritores, fala do " recorte de vida." Ele cita exemplo de duas personalidades de nosso mundo cultural que escolheram recortar a vida. E o que entendi como recorte de vida pode até nem ser o que ele escreveu pois os ouvidos ouvem o que querem ouvir e o olhos vêem o que querem ver. O que meus olhos viram no texto do mestre Afonso? Que estas duas pessoas escolheram viver dentro de sua própria realidade, criando um mundo intocado pela influência externa. Foi um texto que realmente tocou meu sentir porque este é o mundo que procuro para mim. A utopia para a parte final de minha vida. Encontrar um lugar onde a vida possa ser vivida em plenitude de acordo com os meus moldes e não seguindo moldes alheios. E, enquanto vou buscando esse lugar, sigo aqui escrevendo. Escrever é muito divertido, disse em sua crônica Eduardo Almeida Reis, que não é hoteleiro em Ipoema nem senior buyer em Espinosa. Seja lá o que isso for.