VOU COMER UMA PUTA.
Eu quero comer uma puta.
Uma puta limpinha que me dê prazer.
Vou lá e pago o tempo necessário e saio sem vínculo algum.
Mas não a usei não. Sou politicamente correto. Houve uma prestação de serviço pra matar o meu tesão.
Eu como uma puta quando me der na telha.
Trabalho, junto dinheiro, e ela precisa trabalhar.
É a lógica do capitalismo. Circulação de riquezas.
Qualquer profissão tem o seu dom.
E tem mulher que tem o dom de fazer o homem feliz.
Qual o problema nisso?
Não vivemos num mundo moderno?
A mulher não se libertou?
Por que então vão discriminar as putas. Amores cronometrados.
Sai pra lá hipocrisia!
Melhor amar uma puta que me ama também, durando enquanto dure o meu dinheiro e o tempo comprado, do que ter uma amante e me fingir de apaixonado. Fingindo duas vezes.
Vou comer uma puta, porque ela me come também.
Ninguém tem nada com isso. -Vem cá te conheço?-
Melhor eu comer uma puta gostosa do que dá uma foda no bolso do contribuinte, mijar no título de eleitor do cidadão, promover alguém sem mérito e colocar uma puta grátis num cargo de direção pra eu comer sozinho ou com o meu superior, melhor do que participar da suruba que rola em Brasília a cada dia com o dinheiro de "ninguém".
Percebeu daí seu politicamente correto?
Quando o dinheiro é meu e suado, fruto do meu trabalho, você me escracha porque gasto com a puta. Mas o dinheiro do contribuinte, dos velhinhos aposentados, que não tem cara, parece não ter dono, não é de ninguém, este dinheiro você não defende seu bundão. Intelectual de boteco.
Então, entre a putaria de Brasília e a minha putaria particular, prefiro a minha, pelo menos o dinheiro é meu.
Ganhei meu dinheiro sem eleição e dele não dou satisfação a ninguém.
Falou?