Honduras, peixes e poesia

Dizem no interior de São Paulo que "o mintiroso bão num fala mintira, inventa verdade".

Eu só não quero que Vocês pensem isso de mim, após lerem o inusitado texto abaixo, pois a informação foi tirada de uma dessas revistas de companhia aérea, no caso a Copa Airlines , edição de Abril. Lí nesta semana que agora acaba ao viajar para a Costa Rica.

Honduras eu visito com alguma freqüência por obrigação de ofício. Vou normalmente às duas maiores cidades de lá, Tegucigalpa(capital) e San Pedro Sula.

Desta vez, só queria compartilhar com os amigos é que em Yoro, um povoado de Honduras, todos os anos e há mais de um século num determinado dia do mes de Julho, o céu escurece atravessado por uma multiplicação de nuvens densas e logo começa a tormenta; trovões, relâmpagos e um violento aguaceiro que não para por várias horas.

Quando retorna a claridade, os habitantes do povoado contemplam o reiterado e palpitante prodígio : milhares de peixes, ainda vivos, saltitando desesperados e dispersos pelo solo.

Unindo o portentoso com a mais básica necessidade humana, eles "colhem" os peixes e os levam a suas casas para cozinhá-los e comê-los, como quem se alimenta de peixes e poesia ao mesmo tempo.




Leo Della Volpe
Enviado por Leo Della Volpe em 12/04/2008
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T943298
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.