Solidariedade
Caso real com nomes fictícios.
-Dona Maria = mãe
-Alfredo e José = filhos de D. Maria
-Rosana = namorada de José
Enredo: D. Maria sabia do namoro de José e Rosana, mas Alfredo, não.
Namorávamos no portão (ainda se fazia isso) quando escutamos tiros vindos de um terreno baldio próximo. De repente, José passa correndo empunhando um revólver. Logo atrás, Rosana também aparece correndo, mas com grande dificuldade por causa dos sapatos. Logo é alcançada por Alfredo que sem nada saber, largou seu jantar e saiu em perseguição ao atirador, mas encontra Rosana, que já conhecia, pois eram vizinhos. Abruptamente pergunta: Cadê seu homem ?
- Seu Alfredo, o sr. fazendo isso comigo?
Nisso aparece o grupo de prováveis curradores, estando um deles com as mãos na barriga onde havia sido atingido. Aí acontece a encrenca. D. Maria irrompe aos berros: cadê o José, cadê o José, ele estava com a Rosana!
-O baleado logo falou, vamos ao hospital e depois à polícia, foi o José.
-Alfredo, pegou a mãe pelos braços dizendo: vamos embora mãe. Não temos nada com isso.
Não sei o fim desse caso. José deve ter sido preso.
Mas fica aqui uma observação: a diferença para os dias de hoje. Alguém é capaz de ouvir tiros e gritos e sair para acudir?
Creio que não. Fui assaltado por dois elementos armados, em frente a um bar com cerca de 20 frequentadores que presenciaram levarem meu carro e sem nenhum esboço de reação continuaram a beber calmamente suas cervejas.