PÉRA , TÔ QUASE LÁ !

Abri, acendi a luz, tranquei por dentro, guardei a chave.

Tirei o tênis, tirei a camisa. Olhei prá um lado, olhei pro outro. Caminhei até o melhor canto. Fiquei nas pontas dos pés. E ai me pus a pensar. ( Será que todo aquele sacrifício, valia a pena? será que ela merecia? na dúvida, deci das pontas dos pés. Sentei-me um pouco. Queria pensar com frieza, um pouco mais a respeito.

Estava ela mereçendo todo aquele sacrifício ou não.

E se eu estivesse sendo muito rigoroso!

Levantei, fiquei na ponta dos pés e tatiei até poder tocala. Torci para um lado, torci para o outro. Segurei fierme, bem fierme e ranquei. Sorri.

Levei prá casa. Coloquei na água. Amanhã levo, e entrego a ela. Acredito que ela vai adorar. Ela sempre pediu-me uma rosa amarela. E eu nunca quis saber por quer.

Vou levar assim mesmo.