EVANESCENCE
Devo desde já confessar que não percebo nada de artes ou do meio artístico: delicio-me com quadros de diferentes escolas, mas não as sei identificar, desenho esporadicamente e pinto quadros mas não sei onde os hei-de inserir, leio imenso prosa e escrevo também imenso mas a nível critico seria incapaz de uma análise intelectual quer da minha obra, quer da obra dos outros, escrevo compulsivamente poesia mas se li 10 poemas de autores publicados foi muito…Ouço imensa musica, todas as semanas coloco mais algumas no meu Mp3, mas para lá de identificar por alto os géneros musicais, sou incapaz de os analisar criticamente, e ouço todo o tipo de musica excepto metal e house…Em suma, gosto da arte pela arte pela mensagem que esta me transmite acriticamente, pelos lugares mágicos onde ela leva o meu ser, a minha imaginação, os meus sentidos…
Vem isto a propósito de um grupo que descobri (eu e o planeta inteiro pelos vistos…) em 2003 sendo que a partir dai fui a ele fiel, indo a um concerto (coisa rara em mim pois pura e simplesmente que não vou a concertos) comprando os Cds e DVDs que saíram deles e ainda a revistas com artigos dos Evanescence, pois é deles que estamos a falar, e para ser um fã total, só falta mesmo comprar a T-Shirt da praxe e a exibi-la ostensivamente por onde quer que a primavera ou o verão me levassem…
Confesso que parte da atracção vem da figura da cantora Amy Lee, que tem o ar de menina bem comportada mas com ar que é capaz de fazer os maiores dislates desde que para isso tenha a mínima oportunidade, uma figura feminina que sempre me atraiu desde a adolescência talvez porque ainda hoje sou um rebelde não conformado e formatado no sistema sociológico onde é suposto vivermos…Amy Lee tem esse ar de menina feia, menina bonita com pensamentos que vão desde o céu a um abismo deprimente que transpõe para as suas letras e que me atraem por ser esse tipo de sentires uma parte da minha personalidade…Adoro a negrura deles, a atracção por um abismo ressuscitado à última da hora pela sua voz única que me leva a patamares de sonho aos quais por arrasto influenciam parte da minha escrita, parte do que sou, numa identificação quase mimética estranha à minha idade, mas afinal gostos não se discutem não é? E apesar de serem nitidamente comerciais e as suas letras apontarem para um target bem definido (adolescentes à procura do seu ser) eu assumo que gosto dos Evanescente e adoro a Amy Lee