!... MAIS UMA VÊZ, ... OUTRA VÊZ. !

Chamaram-me na cobertura, o telefone aguardava-me, ( Ainda não coloquei extensão). Quem atendera, não havia dito de quem ou o que se tratava. Atendi o mais rápido que pude, até porque, não existe coisa mais chata do que aguardar muito tempo esperando alguém dizer alô do outro lado da linha.

Quando atendi, não vou negar que fiquei surpreso. Havia muito, que não nos falavamos. Precisava falar comigo com uma certa urgência. Marcamos de almoçarmos juntos, ( Meu coração estava aos pulos, e eu fui).

Nos encontramos no seu novo trabalho, ( Com a mudança de governo, ela foi indicada para trabalhar numa nova secretaria do municipio). Saimos para almoçar no casarão. Almoçamos, ( Não me pergunte o que, eu não lembro). Mais tudo o que conversamos, isso eu jamais vou esquecer. Durante todo o almoço, ela fez-me um relato dos últimos acontecimentos da sua vida, ( Nus minimos detalhes ). Sem tirar nem por, dava até prá escrever um livro. Tambem pudera, foram longos tempos vivendo em semi-cativeiro.

Ao retornarmos ao seu trabalho, nos despedimos com um forte abraço e com a promessa de nos vermos outras vêzes, já que agora ela estava mais uma vêz sem as amarras.

Deixe-ia, desi pelo elevador, no caminho, pus-me a pensar no encontro ou reencontro. De uma coisa tinha certeza. Aqueles olhos castanhos continuavam como sempre foram desde a década de 90. Com o mesmo brilho. Um pouco ofuscado, era verdade, mais nada que um bom reencontro não ajudasse. Nhonha na verdade, continuava a mesma, a postura é que havia mudado um pouco.

Eu, bem. Ainda sintua saldades.