CONHECENDO AS PESSOAS
Nem sempre conhecemos as pessoas – digo melhor: podemos viver tempos e tempos e nem assim conhecemos profundamente as pessoas. Agora imagine quando você acaba de conhecer alguém e aos pouco vai descobrindo o potencial que essa pessoa tem – você acaba se deslumbrando.
Esse deslumbrar significa muitas coisas: do nada ao tudo! E do ‘nada ao tudo’ significa uma grande escalada em descobertas, em potenciais, em tudo. Jamais conseguimos medir o que cada pessoa consegue desenvolver na vida – e é esse deslumbramento que leva o ser humano a buscas constantes.
Outro dia estava a conversar com determinada pessoa e ela não me parecia tão empenhada em determinada assunto – vamos por assim dizer, mas com o passar do tempo descobri que a pessoa em questão tinha (e tem) um potencial enorme, apenas se sente no direito de não se expor – o que é natural.
Agora, pensando bem, com quantas pessoas vivemos, convivemos, e às vezes passamos boa parte da nossa vida ao lado delas e nem notamos (ou não pesquisamos) o potencial que elas têm. Incrivelmente somos assim: não ligamos em profundo para o outro (ou outra) que está ao nosso lado.
Isso pode ser notado a partir de observações mínimas da vida humana, do relacionamento humano. Como professor, observo que determinados alunos pendem seus escritos para determinadas áreas do conhecimento (e nem sempre são acatados por outros professores); às vezes, depois do ocorrido, também olho para dentro de mim e noto que falhei na hora de acatar as opiniões alheias escritas ali – e, muitas vezes, pedindo socorro.
Como é incrível a nossa vida: pensamos muito e agimos pouco. E quando resolvemos agir nem sempre é ainda em tempo. Como fazer? Eis a questão, não é mesmo? Mas precisamos fazer – é a única coisa que tenho certeza. Então, pensando bem, vamos observar mais quem está ao nosso lado.
Prof Pece - Pedro César Alves
www.professorpece.vai.la
Araçatuba, 31 de março de 2008.