...A TRISTEZA, SEPARADA POR PEQUENAS MÃOS...

É quase que todo dia, essa saudade que atravessa madrugada, seja deitado no sofá olhando as cores borrarem na TV, seja embrulhado no cobertor quando imóvel na cama. Agora estou nessa de lutar contra meus pensamentos, apenas porque eles me conduzem a corpos que não me pertencem, a braços que já se ocupam de outros abraços pela ausência dos meus. Dor e ansiedade estão explícitas em minhas mãos. Março vai terminando tão estranho, e talvez seja pelas eternas 'águas de março' que vieram generosas, ou pelo fato de que estar sozinho já não é tão confortável assim. Só me resta escolher os braços daquela garota pra repousar meu corpo por alguns segundos quando terminar o amanhã, mesmo que ela não saiba o quanto tem me deixado bem. Amanhã, quando acabar, algo novo terá começado, e que meus olhos estejam atentos ao que meu coração cantar.