Paris 3 - Inesquecível surpresa em Montmartre
Vamos de metrô, que é mais rápido e mais barato, até a estação da Praça Pigalle e vamos caminhando à direita. Logo alí em frente o Moulin Rouge: Satine
Não falo da Nicole Kidman mas da Satine, do filme Moulin Rouge. O Renato comprou e já viu esse filme umas 10 vezes e por coincidência em todas elas eu estava alí na sala. Por respeito ao gosto do meu filho, não podia deixar de prestigiar.
Moulin Rouge é um dos ícones desse bairro que mistura o profano e o sagrado em Paris. Talvez seja um dos poucos lugares do mundo (um outro é Amsterdam) em que as famílias de turistas caminham pela zona "red light" sem se incomodar com os apelos implícitos.
Especialmente alí no Boulevard de Clichy também habitam memórias de artistas como Degas, Cezanne, Monet, Renoir e, mais que todos pela sua personalidade totalmente ajustada ao lugar: Toulouse-Lautrec.
Mas vamos subir em busca do sagrado. Pelas ladeiras íngremes de Montmartre as lojinhas para todo tipo de ilusão e vendedores ambulantes. Artistas populares espalham-se nos becos e nas praças evocando o espírito boêmio do bairro.
Subindo, subindo, chegamos à Basílica de Sacre-Coeur, Sagrado Coração. Ela fica na mais alta colina de Paris e, além disso, sua própria altura a torna ainda mais imponente. Diz-se que nenhuma outra edificação em Paris pode suplantá-la em altura. Deve ser assim mesmo, pois de sua cúpula se avista a Torre e o espigão de Montparnasse ao longe e certamente estão mais abaixo. A Basílica é de um branco quase imaculado, como se tivesse sido sido pintada no dia anterior, o mármore de que é feita tem uma característica única que é a de preservar a tonalidade independentemente de chuvas ou poluição.
Aquí estamos, mas o que é isso? Uma coincidência dessas que só ocorrem uma vez na vida: Estamos logo após a Copa de 2002 e um grande grupo de capoeiristas baianos que foram levados para a Coreia e o Japão para animar a torcida Brasileira, fez uma "parada técnica" em Paris e, exatamente neste sábado a tarde, lá está para uma cerimônia de agradecimento e humildade, a lavagem das escadas da Basílica do Sagrado Coração em Paris, como anualmente se faz na Igreja do Senhor do Bonfim em Salvador.
Flores, berimbaus, baianas de saias brancas rodadas, água de cheiro, atabaques, pernas ao ar, cantigas de roda, sincretismo religioso em pleno verão parisiense.
Experiência inesquecível. Vamos sentar aquí nessa mureta e deixar o tempo passar pois não pode haver nada mais interessante ocorrendo no mundo nessa hora. Outro dia a gente vê mais de Paris.
Vamos de metrô, que é mais rápido e mais barato, até a estação da Praça Pigalle e vamos caminhando à direita. Logo alí em frente o Moulin Rouge: Satine
Não falo da Nicole Kidman mas da Satine, do filme Moulin Rouge. O Renato comprou e já viu esse filme umas 10 vezes e por coincidência em todas elas eu estava alí na sala. Por respeito ao gosto do meu filho, não podia deixar de prestigiar.
Moulin Rouge é um dos ícones desse bairro que mistura o profano e o sagrado em Paris. Talvez seja um dos poucos lugares do mundo (um outro é Amsterdam) em que as famílias de turistas caminham pela zona "red light" sem se incomodar com os apelos implícitos.
Especialmente alí no Boulevard de Clichy também habitam memórias de artistas como Degas, Cezanne, Monet, Renoir e, mais que todos pela sua personalidade totalmente ajustada ao lugar: Toulouse-Lautrec.
Mas vamos subir em busca do sagrado. Pelas ladeiras íngremes de Montmartre as lojinhas para todo tipo de ilusão e vendedores ambulantes. Artistas populares espalham-se nos becos e nas praças evocando o espírito boêmio do bairro.
Subindo, subindo, chegamos à Basílica de Sacre-Coeur, Sagrado Coração. Ela fica na mais alta colina de Paris e, além disso, sua própria altura a torna ainda mais imponente. Diz-se que nenhuma outra edificação em Paris pode suplantá-la em altura. Deve ser assim mesmo, pois de sua cúpula se avista a Torre e o espigão de Montparnasse ao longe e certamente estão mais abaixo. A Basílica é de um branco quase imaculado, como se tivesse sido sido pintada no dia anterior, o mármore de que é feita tem uma característica única que é a de preservar a tonalidade independentemente de chuvas ou poluição.
Aquí estamos, mas o que é isso? Uma coincidência dessas que só ocorrem uma vez na vida: Estamos logo após a Copa de 2002 e um grande grupo de capoeiristas baianos que foram levados para a Coreia e o Japão para animar a torcida Brasileira, fez uma "parada técnica" em Paris e, exatamente neste sábado a tarde, lá está para uma cerimônia de agradecimento e humildade, a lavagem das escadas da Basílica do Sagrado Coração em Paris, como anualmente se faz na Igreja do Senhor do Bonfim em Salvador.
Flores, berimbaus, baianas de saias brancas rodadas, água de cheiro, atabaques, pernas ao ar, cantigas de roda, sincretismo religioso em pleno verão parisiense.
Experiência inesquecível. Vamos sentar aquí nessa mureta e deixar o tempo passar pois não pode haver nada mais interessante ocorrendo no mundo nessa hora. Outro dia a gente vê mais de Paris.