O TAO DA EDUCAÇÃO

O TAO DA EDUCAÇÃO

( Ou porque os filhos estão ficando tão implicantes? )

Recentemente um amigo queixou-se comigo, da falta de sensibilidade dos filhos, que o criticam por somenos. Foi mais adiante, disse que seu filho mais velho, o que se mostra mais culto, vive lendo filosofia, se julga humanista, ecologista, protestante às injustiças contra a humanidade e o maltrato aos animais, é o que mais o ataca, tentando mudá-lo com suas diretas, muitas vezes quase levando-o ao nocaute.

Disse mais, que ele lê todos os livros que consegue, sobre o Tao.

O Tao é o caminho, a compreensão, a embarcação que devemos encontrar e tomar, para que nos leve a perceber o sentido da vida, dos conhecimentos úteis ao nosso desenvolvimento espiritual e à obtenção da harmonia com a natureza.

Nossos filhos estão mais críticos, por estarmos todos em busca de desenvolvimento pessoal. Os meios de informação inundam-nos de dados, tanto proveitosos, como os de eguinhas pocotós. Com o tempo vamos selecionando o joio do trigo.

Outro fator é que estamos muito mais abertos à crítica e ao diálogo, se comparados ao que nossos pais nos permitiam. Nós os víamos com certo temor-respeitoso, que nos obrigava a engolir certas falas.

Sempre que amamos alguém, sem nos apercebermos, temos o hábito de sugerir ou mesmo discutir mudanças, que frequentemente acabam sendo vistas como imposição. E, ás vezes, é mesmo! Isto não quer dizer que o amor não exista. O que existe é uma tentativa de transformação que facilite acomodar (no sentido prático) a situação.

Depois, a imagem do pai, como já dizia Freud, tem que ser anulada, para que o novo ser surja individual. Por isto os filhos testam os valores do lar, confrontando-os com os ensinados na socialização, para verem quem tem razão. Se os pais estiverem convictos, a teima persiste, mas atenua, até que o crescimento aflore exuberante.

Um problema sério, é o da insegurança, o medo de errar. Como somos criados com a fé de que "somos feitos feitos à imagem e semelhança de Deus!", para alguns, ao invés de significar a busca ao Tao, passa a ser "preciso camuflar que não sei, para não parecer burro". Como reza o dito popular, "como não conseguiu ser gente, finge ser o tal".

O mais insensato é o pai sentir-se nocauteado pelo tal, porque não tem o Tao, não se permitindo perceber, que para muitas questões, quase sempre, todo mundo fica tal e qual...

O melhor caminho é assinalar, que a despeito de se ter prontamente a resposta ou a embarcação, é necessário que se use o Tao da educação, pois ela abrirá as portas para que haja a compreensão, sem repreensão ou preconceito.

É um caminho árduo, pois inseguro, o ser humano quer carinho, aprovação, elogio. E mesmo crendo ser o tal, sem o Tao, fica tal e qual.

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