ROLINHOS
Rolinhos, rolinhos e mais rolinhos. Mas, rolinhos de quê?
Os rolinhos podem ser de que você imaginar. Eu, particularmente, vou começar pelos rolinhos de papel higiênico. Cada um tem uma idéia, a que me veio momentaneamente à mente foi este tipo de rolinho – e é de boa serventia, não é mesmo?
Os rolinhos são papéis mais fortes (chamados por alguns de papelão – mas também podem e devem ser reciclados), que agüentam o papel higiênico – e este, por sua vez, pode ser de todas as qualidades: desde os mais finos, transparentes e fofinhos até os mais escuros, grossos e ásperos. (E, no supermercado, são de todos os preços – conforme as qualidades citadas acima.) E tem mais: alguns são com metragens diferentes – de trinta a quarenta metros. Imagine ter que fazer toda a limpeza pessoal higiênica sem o tal do papel higiênico?
Sem mudar de assunto, vale salientar que os rolinhos de papel higiênico servem também para fazer enfeites – além de, é claro, assegurar ao usuário a continuidade do papel higiênico – não deixando o mesmo embaraçar. Há, ainda, os rolinhos para se ter a linha bem firme, enrolada. Rolinhos para manter os tecidos enrolados. Entre tantos outros.
Pelo lado humano os rolinhos são muitos. Muitos mesmo! Alguns rolinhos começam na infância: entre irmãos – mas são – na grande maioria das vezes – passageiros. Existem os rolinhos entre os vizinhos – que podem ter seus agravantes – quando levados a sério. Os rolinhos familiares – que nem merece tantos comentários, pois cada cidadão tem a sua família e sabe como resolvê-los. Os rolinhos entre os meninos e as meninas: que podem começar na adolescência e acabar na cama.
Verdade mesmo! Não estou mentindo! Ainda mais essa mocidade de hoje que não pensam nas conseqüências que esses rolinhos podem causar. Quem trabalha com jovens – como eu – sabe muito bem disso. Muitas vezes eles (e elas também) não escondem o que fazem. Escondem dos pais, mas nem sempre dos professores – ainda mais quando mostramos o lado bom e lado ruim. E assim eles comentam sobre os seus rolinhos que tentam passar furtivamente aos olhos alheios. (E, só abrindo uma rápida fala: um dia determinado aluno procurou-me dizendo que achava que sua namorada estava grávida, conversamos muito e pedi que ele a acompanhasse a um posto de saúde e fizesse os exames necessários, disse-me que não podiam por causa da família – como sempre – comentamos mais algumas coisas, inclusive sobre as prevenções que deveriam ter tomado, e fomos embora – fiquei pensando no assunto durante vários dias – mas tempos depois, a menina eu conhecia, não começava a apresentar a ‘barriga de gravidez’, sondei e ele me disse que fora um falso alarme e dias depois a menstruação desceu – que foi um alívio para ambos.) E que rolinho legal, não é mesmo?
Rolinhos simples podem tomar dimensões enormes e muitas vezes não conseguimos mais tomar conta da situação – nesses casos, o que fazer? Lembrar do papel higiênico? (Que vive enrolado.) Ou sair a procura de soluções que nem sempre são as mais apropriadas para as datas e idades? Rolinhos são bons (dependendo), mas precisa-se prestar muita atenção.
Prof. Pece - Pedro César Alves
Araçatuba / SP
www.professorpece.vai.la
Março/2008