FINALMENTE A CARTA FOI TRADUZIDA

FINALMENTE A CARTA FOI TRADUZIDA

Marília L. Paixão

Querida Kelly,

Traduzi a carta todinha!

Mas vou logo avisando que tive que alterar a ordem da carta movida pelas circunstâncias da tradução e do teor...

Foi aí que decidi traduzir de trás para frente.

Na verdade, fiquei com medo de você começar a ler e rasgar sem ler tudo!

Achei a parte final bem mais interessante.

Não que eu ache que você seja descontrolada ou descompensada ou toda e qualquer maluquice junta.

Na verdade, esta carta descabelaria qualquer um.

Quando te falei que vermelha poderia ter ficado como quando como pimenta

Seria de raiva, minha amiga!

Mas agora que consegui traduzir tudo, irá entender tão bem quanto eu.

Se alguma coisa te deixar cismada em relação a essa carta, permita que um tradutor profissional faça o trabalho e depois compare as evidências.

Mas confesso que com tudo que sei, deu para entender bem.

Claro que há coisas que não sei nem na minha língua pátria

Por exemplo, um remédio que elimine as baratas dos pensamentos mais vis e dos sentimentos mais grotescos.

Sem falar nos terceiros que se metem no caminho escolhido por outros tanto para passarem quanto para apenas passearem com o coração livre e bem disposto.

Já pensou nas tantas outras fronteiras que um ser humano enfrenta quando diante um outro, seja por idioma, fome de viver ou de saber o que cada um precisa?

Há seres que adoram quebrar as pequeninas pontes. Pode até ser uma tábua à-toa, uma forma única de chegar até o outro, e vem um vilão interditar a chance da amizade, do amor ou do crescimento.

Eu é que não quero ser vilã de nada!

A princípio eu quase desisti de traduzir esta inteira carta.

Pensei: já não basta o traduzido?!

Que mais mereceria ser lido?

Mas você queria saborear cada palavra e eu tinha lhe dado a minha prometendo que terminaria.

Pensei que não teria o que saborear como não tive.

Mas o pensamento não é isento da verdade que só alcançaremos ao deixá-lo averiguar todos os fatos.

A minha parte está feita.

A parte que no meu ombro pesava deitei no chão.

As palavras da carta estão todas aí...

Mas decidi que prefiro não estar perto de você.

Afinal, não lhe veria nas nuvens a dançar como você desejou.

Pode ser que eu esteja sendo covarde

Mas como creio que talvez você precise novamente de mim

Respeitarei seu tempo e espaço.

Há momentos que o silêncio ou a solidão é a melhor companhia.

A partir da próxima página seguirá a tradução.

Lembre-se:

Os últimos parágrafos foram os primeiros.

Os primeiros foram os últimos.

Pelo menos no final ele falou de amor.

Sua amiga,

Marília.

........................................................................... the end of part four

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 27/03/2008
Código do texto: T919215
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