BREVES CONSIDERAÇÕES

Quando Deus criou o homem o fez à sua imagem e semelhança. Isto, na verdade, significa mais que uma criação, pois Deus estava se dando ao homem. Através daquele sopro, interpretado como ato inicial da vida, Ele estava dando ao homem sua essência fundamental, a saber: sabedoria, justiça e retidão. Retidão é fundamentalmente a prática da justiça, que é a efetivação da sabedoria. Dessa forma não há como praticar justiça sem sabedoria, portanto esses três fundamentos básicos são particularidades de Deus que foram dados ao homem. Esse é o caráter de Deus, que todos precisam conhecer. Daí entendermos que a essência de Deus na prática é o amor doador. Ele que deu de Si mesmo. Assim nós ganhamos uma identidade com Ele, que nos permitia afinidade perfeita. O homem era visitado por Deus!

Quanto ao ato da queda do homem, Deus sendo o que é, em termos de sabedoria e justiça, não tinha como agir diferente (retidão), sem infringir os fundamentos básicos de sua essência, e nem o homem deve agir em desacordo com sua identidade, sob pena de perdê-la. Isso acabou acontecendo de fato, pois o homem duvidou que aqueles fundamentos, sabedoria e justiça, fossem corretos para sua vida e, questionando a base dessa identidade, deixou de praticar a justiça. Hoje quem recebe a Jesus recupera na verdade essa identidade, o que é possível àquele que crê e pratica sua aceitação, passando a viver conforme a imagem e semelhança original.

Na prática, o enfoque, aqui, é a necessidade do homem recuperar sua identidade com quem o criou e lhe deu de Si. Numa ocasião Jesus disse algo a respeito de andar uma segunda milha quando obrigado a andar a primeira, e até falou em dar a outra face. O exemplo dado por Jesus, que deu-SE, mostra que é necessário ir mais longe que a primeira milha, a milha da obrigação e do dever. A segunda milha é a do amor, do servir ao próximo. Sua morte na cruz, na verdade foi para afirmar publicamente e para a posteridade que Ele falava de amor, o mesmo amor que o Pai teve no princípio dando de Si ao homem e ao enviar Seu Filho para morrer pelos homens. Amor ao próximo às ultimas conseqüências, sem reclamações, a despeito de situações cruéis que possa enfrentar.

Acredito, sinceramente, que temos que valorizar a eficácia e eficiência dos ensinos bíblicos para todas as áreas da nossa vida. Deus é sabedoria, justiça e retidão para qualquer situação do nosso quotidiano. Os videntes e, eu diria, até os chamados profetas e benfeitores da humanidade que são endeusados por milhões de seguidores mundo a fora, na verdade sempre plagiaram a sabedoria e o conhecimento que tem única origem.

Podemos assim dizer que conhecer a Deus é mais que ter uma religião. É, sim, recuperar os laços de afinidade com Ele e usufruir as vantagens que advêm disso. Deus abençoe a todos!