Fumei um, te contei?

Fumei um baseado: te contei?

Vês este meu jeito de sertanejo, cabeça quadrada, sotaque carregado e inconfundível cearês; e, então, apostas todas as fichas: é brasileiro roxo.

Perdes tudo, ficas com uma mão na frente e outra atrás por causa da tua ignorância. Eu não sou brasileiro, sou republico-cratense. Icó, cidade onde nasci, já foi Estado com deputados e assembléia legislativa.

Na missa o padre proclamou a nação livre e todos disseram além. Veio a força, então. E a força trouxe a si própria: o mal. Esmagou nossos líderes que se transformaram em ídolos. E os sonhos destes não se perderam quando se lhes achataram as caberças. Toda geração cearês afaga, rega e nutre os mesmos anseios. O sonho do país Terra da Luz não perecerá enquanto houver sol e lua, dia após dia...

Que ditadura consegue destruir sonhos? Destroem vidas, corpos; almas, jamais!

Deu para ti, cangati? Vem, beija a minha glande!