Governador 'Moralizador' de Nova York Cai. Vice Assume, Mas Também Parece 'Complicado'. . .

O governador do Estado de Nova York, Eliot Spitzer, foi eleito após ficar conhecido nacionalmente por sua campanha moralizadora do sistema financeiro de Wall Street. Ele pôs gente na cadeia por irregularidades na famosa Bolsa de NY, estratégica para a economia global. Agora descobriu-se que havia gasto, exercendo o cargo de governador, 80 mil dólares com prostitutas de alto luxo. Tornou-se famoso como “cliente no. 9” de uma agência desse tipo de “divertimento para adultos”. . . Ele é casado e já pediu desculpas em público por seus escorregões morais, mas a pressão do partido e do público o levou a renunciar ao cargo.

Isso deixa o povo americano mais e mais desiludido com os políticos, e mostra a decadência moral da sociedade americana (só da americana?!). Resultado--campanhas para “moralização nacional”, como a de uma certa “Comissão dos 10 Mandamentos” patrocinada pela mais representativa liderança protestante do país. A campanha para estabelecer um “Dia dos 10 Mandamentos”, no 1o. domingo de maio, é fruto dessa decepção geral do público com a classe política e a sociedade em geral. O número de assinaturas para conseguir esse objetivo estava em quase 333.500 uns dias atrás.

Essas medidas parecem até positivas, mas são tendências preocupantes, pois são religiosos querendo influenciar a política segundo suas agendas, e isso nunca deu bom resultado. Eis o link onde aparece o número de assinaturas da campanha referida: http://www.tencommandmentsday.com/petition.php

Mas com a renúncia de Spitzer, assumiu o vice-governador, David Paterson, um cavalheiro que é mulato e deficiente visual (o primeiro não-branco e primeiro deficiente físico deste tipo a ocupar uma posição executiva importante no país). Tudo dentro da lei e da tradição democrática, sem problemas. . . Só que logo mais veio à tona por meio da imprensa (sempre a imprensa. . .) que tanto ele quanto a esposa confessaram terem cometido traição conjugal quando o seu casamento enfrentava uma fase agitada.

Jay Leno, um humorista da NBC, comentava ironicamente que o fato de ele ser deficiente visual poderia até servir de desculpa. Digamos que a esposa o apanhasse na cama com outra mulher, daí ele poderia alegar: “Oh querida, desculpe-me. Pensei que fosse você. . .”

É cada uma. . .