Um país de tudo

Um imenso país mesmo este onde vivemos, entre alegrias poucas e tristezas tantas. O Brasil é campeão mundial em número de cirurgias plásticas e o vice-campeão em uso de cocaína. Ele apresenta-se ora com face e ora com focinho. Possui um vasto arsenal de vitórias agropecuárias no que tange ao desempenho frente à economia mundial. No entanto, por que também vemos o desemprego e a fome incomodando?.

O aborto está em baila, dividindo o ibope com as discussões acerca do uso das células troncos de embriões para uso científico. As igrejas esperneiam, o povo fica refém dos noticiários e um punhado denso de cientistas brilhantes defende suas pesquisas com garras de tigres bem nutridos.

Neste mesmo país que habitamos, achamos São Paulo, imensa e linda metrópole. É nela onde se consegue somar o número astronômico de 2,4 habitantes por carro em circulação. O trânsito lento e caótico polui mais, e a população sofre.

Como se não nos bastasse, temos que assistir ainda às palavras descabidas do Presidente da República ao referir-se ao ministro Marco Aurélio de Mello: “Seria bom se o judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele”. Isso é lá maneira de um mandatário da República dirigir-se publicamente a alguém? Poxa, Lula não aprende mesmo! Há horas em que ele abre a boca e fere, além de nossa linda Língua Pátria, também a nação como um todo. Paciência tem limite e já passa da hora de vermos sepultados esses lulismos descabidos.

Mal acabamos de sair do porre recebido das gastanças fedidas dos cartões e já temos que aturar outras mazelas maiores. O Presidente Lula, quando fala de improviso, assusta. O Poder Judiciário, como qualquer um outro poder republicano deve ser tratado com o zelo merecido. Se Lula é presidente hoje, é porque a sociedade o elegeu ontem. Medir as palavras é além do esperado. Não há governado que se sinta bem em ouvir essas barbáries!

Em minha opinião, esse governo tem muita sorte por ter sobrevivido ao primeiro mandato. Quando eu vejo o teor político-social do nosso Ministro das Relações Exteriores e reolho o do Presidente, posso crer: Quanta diferença há entre os dois!

E diante de muita dificuldade em achar seu sucessor, Lula vai paquerando politicamente o Aécio Neves e sondando as arestas palacianas no sentido de tecer uma composição que arraste, para o silêncio despetalado do PT, nomes fortes e capazes de, com uma vitória, fazer permanecer à frente da República o lulismo de hoje. Isso tem me lembrado muito o conchavo que o Putin, Presidente da Rússia, fez com o atual presidente eleito que o sucederá, para, em sendo o neófito eleito, ele, Putin, ser Primeiro Ministro, com direito a gabinete no Kremlin e poder fazer sobreviver sua política. Coincidência? Propósito?! É assim que entendo isso tudo!