Uma noite de erudição
Dia atípico, tenso, feliz, triste e corrido. Acordei com o Sol forçando meus olhos. Vontade de levantar mas preguiça não deixando. Dias daqueles. Ontem, enfim, fechei um contrato importante, como consultor de informática. Passaria o dia apreensivo por conta disto. Tinha também o prazo do meu projeto se findando.
Hoje é dia de aula de violino. Saí às 17 em ponto, enfiei a bermuda marrom e camisa amarela. Amontoei estojo do violino e partituras em cima de mim e fui correndo para a aula. Reclamei o que pude com o professor Jackson, gente da maior qualidade, mas, coitado, tendo de me aturar. Eta lição difícil que não me deixa ir adiante...
Cheguei em cima da hora. Tomei banho rápido e fui para o teatro municipal de Macaé meio sem vontade. Cheguei atrasado. Um trio de cordas com piano. Grupo chamado de Solistas Interarte, Música de Câmara Brasil. Um violino tocado por Pablo de Leon, viola tocada por Horácio Schaefer, cello tocado por Roberto Ring e o piano por Sonia Rubnsky. Não preciso nem dizer... Adorei.
O repertório da melhor qualidade. O grupo abriu o espetáculo com J. S. Bach: Variações Goldberg BWW 988. Seguiu com J. Brahms: Quarteto para cordas e piano no. 1 em sol menor op. 25. Linda peça. Os músicos de primeira qualidade.
Confesso que bocegei umas duas vezes, mas segurei as pontas. Depois teve um intervalo de 15 minutos anunciado pela Claudete, colega do Coral Petrobrás da Bacia de Campos que, diga-se de passagem, eu também faço parte no naipe dos baixos.
Depois do intervalo a pianista Sonia Rubnsky deu lugar ao maravilhoso Nelson Ayres. O repertório mudou para música brasileira. O Roberto Ring, violoncelista, fez um breve discurso sobre a tenuidade entre música popular e erudita que, na opinião dele, e na minha também, não há diferenças. Pois bem, seguiu-se H. Villa Lobos com Ária da Bachiana Brasileira no. 4, maravilhosamente executada pelo grupo, com o vilino e viola agora em pé. Seguiu-se Tom Jobim com Saudades do Brasil. Aqui vale mencionar o belíssimo arranjo do Nelson Ayres. Veio depois um deslumbrante Ernesto Nazareth com o Odeon que simplesmente não tenho palavras para descrever a beleza dos arranjos e da execução. Depois seguiram as composições do Nelson Ayres: Matiqueira, Veranico de Maior, Perto do Coração e Fogo no Baile. Realmente maravilhosas, surpreendi-me com a erudição dos arranjos e execução. No final Nelson convidou ainda a Sonia Rubinsky e tocaram à quatro mãos um Frevo que não lembro o nome, maravilhoso, acompanhado pelas cordas...
Enfim, não tive como não comprar o CD na saída, que ouço agora enquanto escrevo isto...
Vim para casa. No caminho comprei pão e bolo, como sempre...
Que bom que o dia terminou assim... com música e muita paz no coração...
Dia atípico, tenso, feliz, triste e corrido. Acordei com o Sol forçando meus olhos. Vontade de levantar mas preguiça não deixando. Dias daqueles. Ontem, enfim, fechei um contrato importante, como consultor de informática. Passaria o dia apreensivo por conta disto. Tinha também o prazo do meu projeto se findando.
Hoje é dia de aula de violino. Saí às 17 em ponto, enfiei a bermuda marrom e camisa amarela. Amontoei estojo do violino e partituras em cima de mim e fui correndo para a aula. Reclamei o que pude com o professor Jackson, gente da maior qualidade, mas, coitado, tendo de me aturar. Eta lição difícil que não me deixa ir adiante...
Cheguei em cima da hora. Tomei banho rápido e fui para o teatro municipal de Macaé meio sem vontade. Cheguei atrasado. Um trio de cordas com piano. Grupo chamado de Solistas Interarte, Música de Câmara Brasil. Um violino tocado por Pablo de Leon, viola tocada por Horácio Schaefer, cello tocado por Roberto Ring e o piano por Sonia Rubnsky. Não preciso nem dizer... Adorei.
O repertório da melhor qualidade. O grupo abriu o espetáculo com J. S. Bach: Variações Goldberg BWW 988. Seguiu com J. Brahms: Quarteto para cordas e piano no. 1 em sol menor op. 25. Linda peça. Os músicos de primeira qualidade.
Confesso que bocegei umas duas vezes, mas segurei as pontas. Depois teve um intervalo de 15 minutos anunciado pela Claudete, colega do Coral Petrobrás da Bacia de Campos que, diga-se de passagem, eu também faço parte no naipe dos baixos.
Depois do intervalo a pianista Sonia Rubnsky deu lugar ao maravilhoso Nelson Ayres. O repertório mudou para música brasileira. O Roberto Ring, violoncelista, fez um breve discurso sobre a tenuidade entre música popular e erudita que, na opinião dele, e na minha também, não há diferenças. Pois bem, seguiu-se H. Villa Lobos com Ária da Bachiana Brasileira no. 4, maravilhosamente executada pelo grupo, com o vilino e viola agora em pé. Seguiu-se Tom Jobim com Saudades do Brasil. Aqui vale mencionar o belíssimo arranjo do Nelson Ayres. Veio depois um deslumbrante Ernesto Nazareth com o Odeon que simplesmente não tenho palavras para descrever a beleza dos arranjos e da execução. Depois seguiram as composições do Nelson Ayres: Matiqueira, Veranico de Maior, Perto do Coração e Fogo no Baile. Realmente maravilhosas, surpreendi-me com a erudição dos arranjos e execução. No final Nelson convidou ainda a Sonia Rubinsky e tocaram à quatro mãos um Frevo que não lembro o nome, maravilhoso, acompanhado pelas cordas...
Enfim, não tive como não comprar o CD na saída, que ouço agora enquanto escrevo isto...
Vim para casa. No caminho comprei pão e bolo, como sempre...
Que bom que o dia terminou assim... com música e muita paz no coração...