Focus e Quidam. Emoção ao máximo!

Quinta-feira, 7 de novembro de 2002

Inesquecível. Ofereceram-me para comprar o ingresso do Focus, isso mesmo, o mais famoso grupo de Rock Progressivo viria a Macaé. Dei o dinheiro e comprei o ingresso. A apresentação estava super badalada em Macaé. Parecia que todos iriam. Cheguei em casa bem animado. Vesti uma roupa leve e fui para o Teatro Municipal. A fila estava atravessando a rua. Muita gente. Trânsito parado e controlado pela Guarda Municipal em frente ao Teatro. Evento grandioso. O saguão do Teatro estava lotado. Entrei. Muita gente. Vi todos os colegas do trabalho que disseram ir. Não tinha mais lugar. Existiam pessoas penduradas em todos os cantos. Sentados na passagem, escada etc. Resolvi dar uma volta pela frente da platéia e por sorte achei uma cadeira na segunda fileira que era reservada para as autoridades e a imprensa. Tinham umas coisas em cima da cadeira. Retirei e as coloquei na cadeira ao lado. Sentei-me ali esperando que a qualquer momento alguém chegaria pedindo o seu lugar de volta. Não veio ninguém reclamar o lugar. Ótimo, fiquei feliz ali. Bem próximo do palco.

Dei uma espiada em redor. Identifiquei rostos conhecidos da cidade e do trabalho, autoridades e pessoas comuns. Estava aquele clima de festa e expectativa. Deu a hora de iniciar e abertura foi feita por um grupo chado Quidam. Grupo polenês. Surpreendi-me com a qualidade da música que eles apresentaram. Tianha uma cantora maravilhosa chamada Emila Derlowska. Muito linda e elegante. Cantou com uma voz dece e firme. Tinha um quê de NewWave. O flautista, uma rapaz de bermudas destoando dos demais, literalmente arrebentou na flauta transversa. Enfim, grupo excelente. Emocionei-me.

Depois de cantarem e tocarem muito, enfim, entrou o Focus. Grandioso. Realmente faz bater mais forte o coração. O lendário flautista e organista Thijs van Leer com o seu inseparável chapéu. O teatro delirou com os primeiros acordes. Eu me encolhia na poltrona sentindo-me um nada diante de tanta beleza e emoção. A impressão que eu tinha era de que o Teatro tornara-se algo vivo e que o seu coração pulsava forte, expressão da emoção que pairava no ambiente. E para variar, eu estava ali, bem na frente. O guitarrista estava a menos de 5 metros à minha frente.

O show acabou quase meia-noite. Sai feliz e voltei apressado para casa. Nas semanas seguintes consegui o CD do show e alguns CDs do Quidam.

Lembranças e emoções eternas, estas.