Os doze apóstolos
Um jugo de mais de quinhentos anos afeta qualquer sociedade, ainda mais quando a esperança se deposita num salvador. Salvos por muitos anos, por um ser superior invencível, capaz de transformá-los num império vasto e rico. Num ambiente árido, floresceu o reino Israelita, sob o comando de um rei chamado Davi. O apogeu deu-se no governo do filho deste, chamado Salomão, retratado na história como o mais sábio dos sábios.
Sob o comando divino de um deus criador, deus de Abraão, de Noé, de Adão, de Jacó, e de Davi, conquistaram terreno. Tinham a terra prometida de Canaã, e precisavam dominá-la. Sempre sob o comando de Javé, conquistaram não só a terra prometida a Abraão, mas como povos vizinhos, e a promessa se cumpriu. Durante quarenta e seis anos, com árduo trabalho de escravos, foi erigido um dos maiores templos sagrados da antigüidade, com uma fortuna incalculável em ouro.
Depois disso, como tudo, o império ruiu. Sob domínio Persa, depois dos Medos e Caldeus, antepassados de Abraão, outros povos, e mais tarde o poderoso Império Romano. Por gerações e gerações desconhecendo liberdade, as revoltas eram inevitáveis, as profecias alentadoras também. Não tardaria a vir um Messias, filho de deus para salvar o mundo da tirania e opressão, libertando os Judeus para o reino dos céus.
Nas ruas de Jerusalém, proliferaram Messias, oriundos de varias partes do reino, e manifestavam-se como filho de deus salvador do povo. Próximo do ano 19 de nossa era, levantou-se um revoltoso, chamado Jesus de Nazaré, que pregava um cessar fogo. Em vez de guerras, palavras. Como um primordial diplomata. Ninguém deu ouvidos e ele, principalmente os Judeus. Mas ano após ano, surgiam relatos de feitos milagrosos deste dito Messias. Criava-se então o Jesus Cristo.
Perto do ano 26 de nossa era, já mais fortalecido, com 33 anos, mais ou menos, entra triunfante em Jerusalém, ciente que se fará ouvir pelos poderosos governantes do Império. Foi preso. Mal julgado. E condenado à morte pelo tribunal Romano, que anos mais tarde, lavou as mãos, quando precisou dos Cristãos para as politicagens do senado.
Dentre os seguidores de Cristo, haviam doze destacados, os doze apóstolos. Reza a lenda, que um deles trairia Jesus. Sempre há brigas de egos num grupo de pessoas, isso é fato. Não foi diferente entre eles. Como escolhidos de Cristo julgavam-se superiores aos demais, e para alguns foram delegados compromissos importantes para o andamento da equipe. Caso de Judas Iscariotes, até hoje malhado na cruz, nomeado tesoureiro, responsável por amealhar as moedas parcas recolhidas durante os sermões.
Por ser o mais confiável, na visão do mestre, foi escolhido peça chave na sua vereda rumo ao cumprimento integral da profecia de antigos profetas. Durante a páscoa, Judas foi o escolhido pelo Messias, para mostrá-lo aos soldados. Relutou diante da triste sina de seu mestre, mas acabou aceitando a missão designada, em troca de uma vida eterna á direita de deus pai.
A relação de Jesus com seus apóstolos ficara bastante estremecida quando confiou a Pedro seu legado eclesiástico na terra. Seria ele a pedra de sua Igreja. Mas o casamento do Messias com Maria de Magdala, mudou os planos, seria ela a herdeira de tudo. Mas em nome de um reino maior permaneceram unidos.
Com a morte de seu mestre, o grupo se dispersou. Anos mais tarde, por volta dos anos setenta, foram escritos os primeiros livros dos atos dos apóstolos, e distorcidos os fatos, Maria de Magdala, acabou tornando se prostituta, para não ter sua parte na Igreja e as mulheres para sempre banidas do alto clero da Santa Igreja, enquanto uns tentam encontrar os descendentes de Jesus e Maria de Magdala, as mulheres tentam buscar seu espaço no sacerdócio.
Dos outros apóstolos não mais foi noticiado, apenas Matheus teve seu diário publicado na Sagrada Escritura, os demais foram designados á apenas apócrifos e Judas ao vilão da história. Estranhamente, o maior difusor da fé Cristã pelo mundo, foi um Romano, que viveu anos depois do Mestre.