UM DIA...UMA MULHER!
Há que se entender a alma de uma mulher. Seus conflitos e posições questionadoras. Seus antagonismos complexos, seu humor inconstante.
As indissolúveis diferenças entre elas e o intrigante universo masculino.
Seus julgamentos e a dicotomia com que se manifestam diante dos enigmas vivenciados diariamente... Há que se buscar uma aproximação, tanto mais quanto se lhes parecer invencíveis as distâncias de seus mundos! Sua enérgica e desenfreada busca por respostas, em relação a si mesma e aos outros. Sua capacidade de amar, mesmo quando o objeto de seus desejos não corresponde aos seus anseios.
Porque ele é um homem... e ela, Mulher! A sintonia da mulher com os fatos rotineiros é um extenso e intrigante mistério! Ela vê com o coração – não apenas com os olhos – seria por demais natural e descomplicado... e a mulher não é afeita à simplificação das coisas! Ela busca o âmago da questão. O cerne da dúvida e a destrincha!
Ontem, uma menina inocente é vendida pela própria mãe, em sua ignorância miserável, para servir à sanha inadmissível de um louco solitário! Hoje, uma garota bonita, jovem, prostituta, faz sua fama internacional por derrubar o Governo de um Estado americano! Humilhante? Apenas triste...Amanhã, essa mesma mulher, que cresceu e tomou consciência do concreto, tornar-se-á mãe, envelhecerá e definhará, esquecida de todos, assistida, apenas, por sua irremediável insignificância. Que assim ela se sente! Buscou pela vida e não encontrou respostas!
E o choro, inexorável, aflora... Lágrimas de dor, de amor, de não saber e de saber tudo! Dor física – nas costas, nas pernas, de cabeça, de cólicas, no corpo todo – dor de cansaço, dor emocional, dor de saco cheio! Dor de querer e não ser querida. De amar e não ser amada! De ser amada e não poder amar! Dor da dúvida, da intransigência...
Sonhar... até quando!? Esperar... o quanto mais!? Dar-se... sempre! Independentemente de sua condição humana, a mulher, por sua própria sistemática, deixa-se usar pela vida!
Ou será o contrário!?