Salve Jorge
Como diria Schopenhauer, há escritores e escritores. Uns escrevem pela paixão de escrever, mesmo que ninguém o leia, e aqueles que escrevem para aparecer, e mesmo tendo uma qualidade discutível, preferem dizer que venderam ou foram lido por milhões. Concordo com o Jorge Sader Filho, nas leituras dos outros sites, podemos observar isso, uma competição por números, deveriam ser matemáticos, não literatos.
Escrevo por uma notada empatia pelo fator escrever, expressando pensamentos, que como humano, muda, e dias depois posso nem gostar mais do que escrevi. Por isso as publico, escrevi muitas coisas antes de começar a publicar, e estes estão engavetados, e possivelmente não sairão de lá. Nem me importo com o numero de pessoas que estejam lendo meus textos, mas sim com o que eles podem colaborar com os que o leiam, e não me vangloriar com quantos leram, simplesmente por estar entre os primeiros. Quando encontro novos escritores, não necessariamente, recém chegados, mas que eu não tenha lido antes, ativo o link “mais lidos”, e procuro os menos lidos para ler, e incrivelmente são os melhores.
Fico ainda mais preocupado com os leitores. Não valorizam sua própria auto-estima, lendo coisas de qualidade duvidosa. Espero não estar sendo presunçoso demais, visto que meus textos não são lá um primor qualitativo, diga-se de passagem, mas podemos obviamente, reconhecer a qualidade literária de uma obra, mesmo não sendo capaz de aproximar-se deste. Vide os críticos de qualquer área.
Outro dia, fui desdenhado num site qualquer de rede, pois estava em minha pagina no recanto descrito como escritor semi-profissional, e não profissional. Contamos nos dedos os escritores deste país medíocre de leitores críticos, que são profissionais da escritura. Sem contar quem é jornalista que ganha escrevendo, mas não necessariamente sobrevive do dinheiro dos livros. Não posso mentir dizendo que sou profissional, sendo que meus parcos ganhos, como qualquer artista deste Brasil velho falido, que me sustentam, vem do teatro, então sou profissional do teatro. Não julguei valido, também, me inserir nos amadores, pois já participei de inúmeras antologias, e ganhei alguns prêmios.
Alias, pode se dizer que no Brasil, só se ganha dinheiro fazendo “arte”, no contexto de nossos avós, quando fazíamos traquinagens. No recanto até que estou indo bem, apesar de uns textos nada a ver serem os mais lidos, mas fazer o que, é a batalha diária para se ganhar na raça.
Salve Jorge!!!