DIVAGAÇÕES NO TRÂNSITO
* Texto de 2004, curioso olhar para o passado e constatar como o víamos quando era presente...
AMIGOS DO VERSO, PERDOEM MAS EU ANDO PROSA...
Ando preocupada com uma série de coisas: com a minha TPM que não passa, meu dia de ficar rica que não chega, as reinações Georginho (o “Bob Filho” da dupla presidencial), o quebra-quebra da Martha (que era necessário, está ficando bom... mas que dá uma raiva de vez em quando...), o Serra, que está cada dia mais “a cara” do “Hannibal, The Cannibal”, e que agora está apelando igual ao Maluf (Sai pra presidente... depois sai pra prefeito... daqui a pouco vai sair pra síndico de prédio ou presidente de escola de samba...).
E ainda tem a perícia da assinatura suíça do Maluf, que promete ser tão criativa quanto a do caso PC Farias... Foi suicídio seguido de homicídio, gente! Eu tenho certeza: ele se matou, depois matou a namorada...
Aí você pega a Francisco Morato sentido centro, já no final você olha para a direita e tem uma respeitável loja de materiais para construção com a seguinte placa: “SÓ ACEITAMOS CHEQUES”, e eu lembro do Sílvio Santos: “Quem quer dinheirooo?!” – Eles não! É isso gente! Luto Oficial: decretada a morte do dinheiro vivo! E já que não conseguem tirar o pobre do “puxadinho”, tiraram o “puxadinho” do pobre – que pobre não tem cheque... – eu não tenho! Mas daqui a pouco acaba o cheque também, vai ser tudo “e”, tipo: e-business, e-shopping, e-money, e-sexo... Bom, quanto a este último, não que não seja, eventual e virtualmente, divertido, mas que é que tem de errado com o tradicional? – Pra mim está muito bom!
E o banco manda pra gente um cartão de crédito chamado “eletronic” que não serve para compras na Internet... vá entender...
Mas você prossegue, porque a vida segue... E aí pega a Radial – também sentido centro, entre a saída para a 23 de maio e a saída para a Consolação, chegando perto dessa última você olha novamente para a direita e lá está a placa: “DISK CODORNAS E OVOS” – Gente! Isso é tudo! É o “must”! É ler “Morte e Vida Severina” ouvindo “Severina Xique-Xique” em ritmo techno... E aí eu penso: Bom, se tem quem venda é porque tem quem compre, então, felizmente ainda tem quem, por mais que seja na base do ovo de codorna, se esforce e bote pra “ferver”, e, considerando, que ter galinheiro em casa aqui em São Paulo é praticamente inviável, que bom que tem o “Disk”, pra galera esforçada não correr o risco de ficar na mão com os quatro pneus arriados, senão não tem borracheiro que dê jeito... Aliás, perto do Museu da Imigração tem uma borracharia que se chama “Deus Dará” – você encararia?