COM A BOCA NO TROMBONE
 
 
Ao ler um livro sobre mídia, recordei um causo, que não faz muito tempo aconteceu aqui na minha cidade. Uma cidade de mais ou menos trinta mil pessoas, onde por muito a recepção de uma rádio é, feito através de muitos ruídos e moído dos coqueiros na orla da praia, e demais adjacências.
 
Resido bem próximo da capital, num condomínio nobre, onde de lá se vê a praia. Pois bem, por uma questão boba o digníssimo governante desta minha cidade, não gostou do que o radialista de renome no meu estado, falou, e por nada mandou um recado para o dito rapaz, no qual dizia simplesmente palavras, não tão adequadas para aquele que assim nos representa. Pois bem, nisto ameaçando até mesmo o rapaz de ir embora para outra dimensão.
 
Tentando ameaçar de qualquer modo o coitado do radialista, um sujeito calmo e desajeitado, que começou a pensar no inferno provocado por aquele quadro. Porém não se abateu. Provou que apesar dele ser franzino, isto não era motivo para decepcionar, aqueles que por certo já o amava.
 
Com a boca no trombone, fez aquela manifestação. Quando por certo o cidadão que se achava ter direitos de ter o titulo de dono da cidade já o escutava. Enquanto o radialista usou a rádio que pronto trabalhava e disse tudo que assim ele queria, sem sequer atrapalhar os trabalhos da rádio, nem mesmo de jornais e televisão, e sendo assim até a internet, revendo outros meios. Todos por ele se compadeceram, e ele assim aproveitando a deixa, também disse:
 
_ Nesta orla não há homem que tenha peito de me ameaçar diante dos meios de comunicação.
 
O senhor dirigente ao ouvir o comunicado, pegou o telefone que se encontrava ao seu lado e passou um torpedo pra rádio.
 
_ não se vanglorie, nem mesmo se aporrinhe. Quando eu quero dar uns paus num cabra safado não mando anuncio nem por jornais, nem sequer por rádio nem mesmo por televisão. Mando logo capar o desgraçado, sem sequer me mostrar ser culpado.
 
O radialista tremeu na base por causa da recepção fraca, pois a mesma não é tão sofisticada e só mesmo dá anuncio refratado, pois algo mais novo não tem para fazer uma boa divulgação.
 
E assim naquele vai e vem o radialista coitado, mesmo por cima da carne seca, que é a mídia feita de jornais, revistas, rádio e televisão foi fazer anuncio bem longe, diante deste caso, com receios de haver retaliação, para não ficar sem aquilo que o homem tem por precisão.