Ultima chance!
Após ter matado a esposa de saudade por pirraça durante meses, e continuar após convivendo na cama com aquele corpo escultural por cerca de um mês, alheio as funções de esposo, foi que ele se deu conta de que quem tendo não dá, no revés da vida, pode vir a pedir e não encontrar; alguém pode ter passado à mão no que deveria lhe pertencer. Foi assim que passou a entender o motivo dos colegas lhe passarem a chamar de “touro da equipe”, quando a sua média de vendas era a mesma de todo os meses do ano! E tudo começou no dia em que resolveu ser machão, no dia em que virou o bumbum para a mulher e roncou como um porco capado!
Mas o protesto que fazia, em não atender as reivindicações compulsórias do lar, começou com cerveja do antes do jantar daquele dia não estar no grau suficiente de frieza o que aquecia o amor! A geladeira havia sido descongelada como acontecia uma vez na semana, e coincidiu em ser um dia daqueles, para ela terrível, que se de um lado via o derretimento do gelo, do outro via o esfriamento do amor! E tudo porque ele só daria o calor da morena se beijasse uma fria “loirinha”, a qual com poucos trocados, em qualquer da esquinas da cidade poderia encontrar, uma ou uma dúzia se quisesse, enquanto aquele exemplar de mulher exemplar até que ele a fizesse ao contrário, quem achasse não iria querer devolver!
A greve foi perdurando, mesmo ela deixando de descongelar a geladeira, desejosa de amolecer aquela dureza persistente do marido, e não importava se ao cair das tardes de todos os dias reencontrasse com a “loira vestida de noiva”! Mas a greve por ele articulada persistia, e a noite nem sequer alisava a embalagem da morena, que muito já despira só para ele, do vestido branco, grinalda, e de todos os apetrechos que compõem o traje nupcial. Mas na mente a frase “sejam fiéis até que morte os separe” não dava trégua e não rara noite tinha que se relembrada, e fisicamente tinham que estar juntos até que, faltando meia vida, o lado positivo tivesse a morte natural do tempo. Assim mesmo, pensava ela, “continuaremos vivos, e se as circunstâncias do tempo não mais nos permitir uma eterna lua de mel, eu morena serei imaginada uma deliciosa rapadura de cana porreta, como na língua do nordestino”. Por casualidade ele era nordestino!
Mas a greve aos passar do provocou a morte de um sonho de alcova, que não podia deixar um espaço vazio, se não para ser preenchido pelo amor! Neste caso teriam eles que viver conexão permanente e virtual. Como aqueles que amam a Internet, que não podem a cada dia deixar de dar um “entre”. Um dia antes achou um estranho bilhete escrito “última chance”, e pela primeira vez a cama anoiteceu com um só corpo, o que nunca antes acontecera: “Ela deve ter ido dormir na sala”, pensou o abandonado que pela manhã viu o sofá intacto, tal como a cafeteira. Atrasado com os compromissos na empresa, pois era dia de mostrar se ganhou ou perdeu o titulo de “touro da vendas”, nem percebeu que era algo definitivo. Embora tivesse perdido nas vendas, continuou a ser chamado de “touro”. Pensativo e de cabeça baixa a meditar, abriu ele próprio a porta, e se surpreender com a casa vazia. Mas ela estava lá! A geladeira lhe foi deixada de presente, e dentro uma “embriagante loira geladinha!”.
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Seu Pedro dá "última chace" para que os leitores façam comentários. se não comentam é porque não gostam. Então para que postar? O estimulo do escritor é, pelo menos, o comentário!
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