Vagabundo.
...Quieto, de cabeça baixa.
Contando os passos e as pedras, muitas, no chão, seguia o seu caminho...
Um mais alguém sem destino, sem destinação.
Para traz, o jornal caído, esperanças no chão.
No banco da praça, uma sacola plástica. Nela, a sua carteira de trabalho, sem serventia alguma.
Pela frente, o vazio. Um choro contido no peito...
Um choro represado, que pela forma dessa repressão classista-masculina brotava em forma de rugas e marcas de expressão.
Chorando no peito; e por isso mesmo com a cara amarrada, chegou-se ao botequim.
...Mais uma, e....pendura aí.
De fora, com a sua carteira de trabalho ativa, passavam outros a olhar. Tinham-no como um vadio.
Viam superficialmente, como é do olhar das massas, o trapo. Não viam o jornal caído e a sacola plástica sem destinação no banco da praça... e os sonhos perdidos....a desilusão.