DEUS E SUA GRANDIOSIDADE

Pensei muito para extrair a coragem necessária para descrever sobre este tema, pois me considero um adminículo ante a grandiosidade de nosso Criador. Aliás, mesmo os grandes sábios ou grandes estudiosos do dogmas que se relacionam com a presença de Deus em nossas vidas – mesmo que desejassem ardentemente – não seriam capazes de definir com satisfação sobre uma questão de tamanha relevância no mundo dos vivos – pois a essência da exegese ultrapassa a relação humana e transcende a um Universo incomensurável e dominado pelo poder Supremo.

Mas como filhos e como seres concebidos pela singeleza do poder finito, podemos arriscar a tecer idéias que não sejam estapafúrdias, mas que ensejem a reflexão e sobretudo o grande respeito que temos pelo nosso Ser Supremo. Vejo pessoas dizendo que a morte aproximará sua a alma de Deus e finalmente nós seres mortais, através dessa encruzilhada entre a vida e o além-vida, podemos chegar e Ele e vê-lo com nossos olhos de seres pecadores. Eu não acredito que essa hora derradeira seja suficiente para chegarmos a Ele no seu explendor Supremo. Creio que para isso ocorrer no mundo subjacente de nossa alma precisamos ter muito merecimento, posto que esse privilégio deve estar jungido aos chamados “espíritos de luz”, que, na nossa vã filosofia precisa ser galgado com muita galhardia e discernimento em torno de uma inequívoca bondade cativada no decorrer de toda uma existência terrena.

Pra mim, particularmente, basta a sua existência Divina e o seu poder de bondade. Não me julgo merecedor de vê-lo quando tiver partido. Quero apenas senti-lo por perto, através dos seus emissários divinos que já me acompanham durante minha existência. Quero só ver os anjos que me guiam e me exorcizam a vida toda, fazendo-me entender que meu legado na vida se resume apenas numa encruzilhada para meu nascimento na luz de Deus. Mesmo assim, sinto-me pequeno para merecer esse tratamento estreito entre as coisas divinas e o meu merecimento.

Há poucos dias recebi uma mensagem com teorias a respeito dos anjos que nos guiam durante nossa existência carnal. Dizia o articulista que os anjos são os nuances de nossa consciência anunciando o caminho do bem. São os anjos que nos recriminam – através de nossa consciência – quando fazemos algo maldoso. Mas, a presença do anjos não é exclusiva para nos anunciar o caminho mais certo a seguir, como também são elementos de interferência de nossa vida prática não permitindo que coisas cruéis nos aconteçam, podendo, através de sua maneira singular de interferência evitar que venhamos a sofrer um acidente, por exemplo, agindo através de nossa percepção anunciando o perigo e nos tornando peritos suficientes para evitar um sinistro. Aliás, essa interferência pode até ser dirigida a um terceiro, que vendo um perigo, nos anuncia e com tempo de evitarmos uma tragédia.

Penso até que esses anjos podem ser um ente querido que há muito já se foi e que depois de conquistar a luz suficiente ante a regras da divindade, ressurge como fonte de interferência em nossas vidas, zelando pelo nosso bem estar.

Todas essas reflexões são exclusivamente pessoais e nenhuma delas tem origem à orientações doutrinárias ou religiosas de qualquer espécie. São frutos apenas de minha própria hermenêutica relacionada com a minha fé e meu respeito pelo lado oculto da vida. Foi pensando nos muitos mistérios que a vida oferece que aprendi a admirar o lado místico do ser humano e por tal razão respeito à todas as crenças e todas as religiões, pois essas doutrinas são apenas o lado reflexivo da alma, trazendo para o ser humano todos os benefícios necessários, já que muitas vezes não vemos explicação palpável em muitas coisas que são evidentes no mundo real, por não sabermos o que acontecerá amanhã, por não sabermos o que é a morte, por não sermos capazes de dimensionar e de equacionarmos as maldades humanas já que elas continuam a maltratar a humanidade; seja com agressões ao próprio homem; seja com agressões ao meio ambiente.

Enfim, cabe a cada um de nós – seres mortais – procurarmos uma razão para nossa existência fazendo dela um caminho próximo da regras que traçam o bem, para quando chegarmos no dia final merecermos enxergar Deus nem que seja através de uma fotografia.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 11/03/2008
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