Catexia
Traduzia-se-me. Eu menos entendia cada vez mais. Botei a desconjurar o tal cybercultural iconoclasta. Então, espalmei bem a mão esquerda e a pousei sobre uma banda da bunda. Fiz o mesmo com a direita. Arreganhei e mostrei tudo à massa viciada no óbvio: a cristalização da não desconstrução. Ah, tivesse eu o talento de Pintura...
Quanto mais se explicava, mais longe de mim, mais me irritava, e eu ia, por fim, botar o fio condutor no raciocínio que se pretende instigante. Guiar cego pelo paraíso não é desastroso? Dizer a verdade é fácil porque engana mais, muito mais! que a mentira. Mais lógico que a lógica euclidiano é meu cérebro miúdo, desnutrido, catingueiro, insolado... Só pensa em libertinagem porque, talvez, isso agite o sangue coca diet. Nunca sobra/sobrou espaço para esquartejar o canibal que come, avidamente, a namorada apaixonada.
Pretender-se-ia ouro no reino do latão?
Lógica é desnexo que se explica por si. Que linha conduz a lógica que ainda não nasceu? Em que andar se coloca o não-linear? Não era o miolo da Torre de Babel, era o desmoronar das Muralhas da China. Um coringa, um pensamento simplista que explica/explicou/não-explicará tudo e torna previsível a alma humana. Foi o que acontece/aconteceu. Não obstante a complexidade, toda a lítera, e todo encantamento da alma humana... Não estou para explicar, nem mostrar caminhos, pois, sou o desconcerto.
Montei em Freud, jumentinho que se me deu à montaria, e fui escrutinar o inconsciente. Ao lobo gritei que a felicidade é uma arma quente. Não deixou marcas, nem pegadas... Antes que eu dissesse o paraíso é aqui, estourou, explodiu... A poeira levou os fragmentos duma cabeça grande de inteligência mediana que nasceu no Nordeste, no sertão cearense, e foi bem sofrido, judiada pela insolação implacável do sol abrasador, quase símile com o fogo do inferno.
Enfim, te achei. Desconsertei-me só para te provocar. Esfolei o peito a deixar-te aos olhos a alma nua, falei-te, ao pé do ouvido - lembras? - que era teu meu coração. Dissestes não, quando perguntei se havias visto a estrela que partiu...
Nem me perguntes, amor, não direi as intenções que me enchiam a cabeça enquanto deliravas... Lindamente divagavas. Jamais saberás quão importante és à mim.