O CIRCO OU NO CIRCO
Outro dia estando de boa em casa – sem nada a fazer – combinei com meus filhos de irmos ao circo. Confesso: nunca tinha entrado para assistir a um espetáculo circense. Sempre pedia que alguém acompanhasse as crianças, mas desta vez resolvi ir.
O mundo mágico que se estende por debaixo das lonas deixa qualquer criança de olhos arregalados, mas confesso que também fiquei (e prometi nunca mais deixar de ir). Aliás, os adultos também ficam. A princípio contive-me, mas notei que ao redor todos – crianças, jovens, adultos, avós – também caíam na gargalhada. Soltei-me a rir também.
Jogo de luzes, músicas, o grito do apresentador chamando a galera para participar – tudo me encantava. Mas quando os artistas se apresentaram, meus olhos saltaram para dentro do palco. Trapezistas, malabaristas, palhaços, motos, carros... Tudo se tornava fantástico aos meus olhos.
E o espetáculo continuava. Eu rodeado das minhas duas crianças sentia-me novamente criança. Novamente pulou dentro de mim a criança que carrego – toda aquela rabugice de um quase ET caiu, despencou solo abaixo (mas garanto que os Ets também possuem suas arquibancadas circenses). À luz das gargalhadas me perdi no tempo-espaço. Voltei aos tempos que não voltam mais, apenas na memória: ao tempo de criança.
O encanto da moça enrolada em cordas! Ah! Que doçura! Que doçura de apresentação! Me fascinou... (Jamais me esquecerei da doçura da moça nas cordas – recordo-me como se fosse agora.)
Mas deixando do lado a emoção do circo... Palhaço de aprende de pequeno. E lá estava um a aprender – aprendiz de palhaço. Será que há escola de palhaço melhor que o próprio circo? Pois bem, em todas as áreas pode-se começar de cedo.
E, fechando essas linhas, acrescento: no intervalo do espetáculo, os artistas não davam mole – corriam para frente do circo e lá estavam a vender os mais variados produtos... Ainda bem que alguns circos ainda resistem – para nossa alegria!
Prof. Pedro César Alves, o Prof. Pece
Fevereiro de 2008
www.professorpece.vai.la
Araçatuba / SP