PODER BELIGERANTE
É incrível como o mundo tem de viver num estado crítico quanto ao aspecto beligerante, pois aqueles chefes de Estado que estão em evidência não se limitam a governar seus Países pensando apenas no bem-estar de sua população, posto que o frenético mundo do poder alicia seus desejos e não se contentam com as limitações da própria soberania e ingressam nos problemas internacionais sempre visando alcançar mais status e grandeza de poder, com o objetivo claro de promover a hostilidade em nome de seus propósitos.
Quem diria que nossa América Latina fosse um dia a bola-da-vez nessa discussão bélica e justamente num momento em que o próprio Estados Unidos dão sinais de que poderão num futuro próximo colocar seu arsenal num longo período de estagnação em termos de vigilância e de ganância quanto aos propósitos poucos recomendáveis neste mundo de perplexidade, onde o homem ainda não percebeu que precisa é lutar para consertar seus erros, pois a própria natureza tem se encarregado de mostrar que o momento não é de guerra, mas de conscientização global.
Não obstante, logo no momento que surge a esperança de ser apagada a luz de um homem beligerante que ensejou interferências internacionais por anos a fio, aqui mais perto de nós ressurge um outro governante que marcha para as trincheiras em nome de uma facção pouco recomendável no mundo civilizado, já que essa guerrilha alheia pode até ser um luta oportuna e justa sob o aspecto do ideal a ser perseguido, mas não devemos olvidar que o custo é grande demais; sob a tutela de vidas humanas e de esquecimento dos direitos essenciais ao ser humano, como a liberdade e o bem-estar que uma Nação deve merecer dos grupos que prezam ou que lutam para galgar o poder.
Por outro lado, um governante ciente de sua função no poder, não pode jamais invadir outro território, mesmo que seja para banir pessoas de guerrilha, principalmente quando essa frente ostensiva não lhe atinja diretamente quanto à sua soberania. Atacar membros de uma guerrilha dentro de outro território hostil é o mesmo que mexer no ninho do marimbondo e não querer que o grupo de ferroadores ferozes venham em defesa de seu torrão natal.
O fato é que nem um nem outro País têm razão, dentro de minha singela avaliação. Se por um lado o País que invadiu outro território errou e não procurou de imediato apresentar suas desculpas ou tentar justificar o ato hostil, por outro não era necessário que o País atingido – orientado por seu pupilo - reagisse dentro de critérios radicais ao ponto de mandar tropas prontas para a guerra, cuja ação só serve para demonstrar pujança bélica e disposição para chegar ao extremo. A questão deveria no muito alcançar um Tribunal Internacional para análise da invasão e de todos os seus aspectos intrínsecos e extrínsecos que lhe deram causa. Não se justifica, porém, que se chegue a uma movimentação de tropas, pois alguns episódios desse natureza já ocorreram inclusive aqui no Brasil e nenhuma ação bélica precisou ser desenvolvida. Basta lembrarmos do episódio do gás Boliviano.
Todos nós que vivemos neste Continente, acolhido por terras abundantes e por locais paradisíacos e próprios para o deslumbramento de quem aprecia a natureza, não podemos pensar em guerra. Muitas coisas devem acontecer neste nosso mundo para que as pessoas possam viver melhor. Mesmo que exista uma possibilidade quase remota de guerra – conforme tem analisado os catedráticos – não devemos sequer pensar num desastre dessa natureza, porque o que precisamos é trabalhar para o desenvolvimento, procurando alcançar as formas de vida de outros Continentes mais antigos, para que as pessoas possam viver felizes
Enfim, resta-nos nesse episódio tirarmos o máximo de ensinamentos que possam nos engrandecer como pessoas humanas. Confiamos nos homens de bem e também nos diplomatas que irão fazer frente ao problema. A OEA há muito existe como mecanismo de defesa e de paz de nosso Continente. Esperamos que sua diplomacia seja suficiente para serenar os ânimos de ambas as partes e que o entrevero que alcançou dois países vizinhos não seja um elemento a mais nessa conturbada relação entre esses Países que vivem entre a cruz e a espada.
Como diz o personagem de “Duas Caras”: “Muita calma nessa hora!” . Nosso Presidente da República, como uma pessoa bem aceita em ambos os lados, deve interceder diplomaticamente, agindo com sabedoria, já que nesse mundo onde há muita pólvora pelos caminhos todas as faíscas incandescentes deve ser alijadas do processo de negociação. Devem opinar apenas as pessoas que não tenham nenhuma ligação passional com o dois lados. Só assim haveremos de encontrar uma saída eficaz que possa acalmar as partes envolvidas, para continuemos a viver no melhor Continente da face de nossa gloriosa Terra de Deus.