Praça Quinze
No Café da Praça 15 já é hora do cotidiano burburinho.
Uma senhorinha, de saia preta , adentra no ambiente, carregada de batom.
Salto fino e pernas grossas, no sustento de seus setenta anos.
Pede logo à garçonete a barquinha de pão francês . o café forte contrastando com a fragilidade de suas mãos ,de finos dedos.
Sustenta no anelar um belo anel de brilhantes, tudo que lhe restou da herança de família.
Chega um desconhecido e vai logo ao encalço da pobre mulher, querendo que ela lhe entregue a jóia rara. Ninguém se move, diante da ameaça da possante arma.
Na pressa e na confusão, anel e revólver cumprem seu destino...
Acabam se quebrando no chão.
Vidro e plástico trazem a salvação.
GARDÊNIA SP 4/3/2008