O meu tipo de homem?
Tem que ser assim: deixar de ser comum e assumir a singularidade dos nomes próprios; no entanto, ele deve, tem quer ter coisas e momentos de pluralidade.
É fundamental que conheça os meus caminhos, mas que finja não conhece-los ( de todo), para que a busca se torne uma constante. É imprescindível que use mais de dez pôr cento de sua cabeça animal (amo homens inteligentes que desconheçam a prepotência).
O meu homem tem que mudar de atitude de acordo com a adrenalina do momento, que ao me defender assuma a ferocidade do felino maior, mas que ao precisar se defender de mim torne-se o visitante noturno do meu telhado “ronronando” a minha atenção.
O meu homem tem que ter sensibilidade fraterna e artística. Tem que saber tocar UM e O instrumento, tem que me impelir e me frear, tem que ser incuravelmente louco, do tipo que adora banhos noturnos, caminhadas na chuva, viagens relâmpago...
O meu homem tem que ser intuitivo, perceptivo, sacar o momento em que a solidão será a melhor companheira para nós dois. O meu homem tem que viver o presente intensamente, sem ser extremista , tem que me dar segurança sem bloquear a minha realização profissional, tem que dar grande importância ao antes e ao depois, ser atrevido no durante, ser generoso e receptivo.
O meu homem tem que me falar coisas obscenas no ouvido, com a pureza de quem faz uma prece ( não pode ser vulgar) , tem que ter um toque de mistério e me dizer mais com os olhos do que com a voz.