COMO É A VIDA - Parte II
Como disse na crônica anterior – “Como é a vida!” – nesta continuarei a abordar os acontecimentos que nos aguardam na luta diária. E deixo bem claro: a vida é uma caixinha de surpresas – e isso não se pode ignorar.
Como sempre, após as aulas retorno para casa, faço o meu papel de ‘Amélia’ – morar sozinho é sempre assim: você tem que fazer tudo – ou quase tudo – eu faço quase tudo, apenas não passo as roupas, aliás, passo sim, mas apenas pelas portas, pago para passar. Depois do papel de ‘Amélia’ arrumo meu material escolar – aulas para o próximo dia e dirijo-me ao meu computador e net.
E desta vez não foi diferente. Entro numa sala de bate-papo. Quem não tem o que fazer, procura – ou pelo menos procura bater papo. E num destes papos a conversa rola com uma jovenzinha de quarenta e três anos, separada, de minha cidade também.
A conversa fluía normalmente. Uma pessoa legal para papear – sem muitas intenções de ambas as partes – pois apenas conversávamos. Mas eu sei que após cada frase que se escreve, principalmente eu, quero saber mais da pessoa e, de preferência, gosto de ver com quem estou a papear.
Continuando a papear, surge de ambas as partes o desejo de se ver – do meu era enorme (não nego), do dela – confessou-me depois, que também era, mas sempre com pé atrás (o que é normal). Marcamos um encontro.
O primeiro encontro não foi dos melhores, aliás, nada foi tão péssimo como aquele dia – não nos encontramos. Fomos ambos para o lugar combinado, mas nos desencontramos em tudo: horário do encontro; condução em que estávamos; roupas e tudo mais. Não me convencendo de que ela fora, e nem ela de que eu tinha ido – comunicamo-nos novamente e marcamos novo encontro.
O novo encontro, o primeiro encontro na verdade, foi perfeito! Magnífico em tudo: saímos numa boa, conversamos muito (pois já tínhamos conversado horas e horas no computador), nos conhecemos olhando olho no olho. E dali pra frente foram outros encontros. E os encontros ainda continuam...
Dessa vez não deixei a promessa de um dia voltar em sua casa – como no primeiro – mas volto lá quase todos os dias e uma forte amizade formou entre nós que poderá converter em... – Ah! Caro leitor, pense e outro dia completo a frase.
Prof. Pedro César Alves - Pece
Araçatuba / SP
Março / 2008.