...E quem não sabia disso?

Pipocam escândalos como flashes em estádio japonês. Como astros que fumegavam na imensidão do espaço, mas que só ultimamente é que vêm sendo vistos. Será que éramos cegos? Será é o governo atual o provedor das índoles e sanhas antes contidas ou é, por outro lado, a gestão que gerou as lentes, antes míopes como as do Hubble, em límpidas e poderosas? Apesar das “escolhas mal feitas” no que diz respeito a eventuais ou não erros de avaliação dos sensos de probidade, há de se desconfiar de que somente agora nunca tantos se beneficiam dos cargos e privilégios antes discretamente abocanhados por tão poucos. Dá pra desconfiar de tudo: de quem tem cargo de confiança, de quem dirige ONGs, de quem tem qualquer poder e, por que não dizer, de quem denuncia! Até destes! Por quê? Porque, quase nunca estão realmente defendendo os interesses do povo. Aliás, faz tempo que não se tem notícia de um idealista. Estes logo seriam taxados de loucos, fanáticos, demagogos ou populistas. Falo com adjetivos à esquerda das tendências ideológicas porque seria “loucura” chamar de idealista a um liberal. Só estes eventualmente assim se denominariam. Liberais são, por princípio, defensores dos seus interesses, cuja conseqüência pode desencadear progresso. Parafraseando o Cazuza, “Raspas e restos nos interessam”. Evidentemente não pretendo “satanizar” os conservadores, os liberais ou seus simpatizantes. Apenas não vejo motivos entre os do povo, entre os “Zes Ninguém” aqui de baixo para apoios partidários ou coisa os valha. A descoberta de que o conjunto da sociedade está sujeito às “fraquezas” do poder é muito mais a exposição de uma ingenuidade manipulada por quem sempre soube disso do que qualquer outra coisa. O que sempre funcionou foi o jogo do poder a qualquer custo. Venha de quem vier. ...E quem não sabia disso?