Vitoriosos
Rosa Pena
De repente comparamos o ano com um jogo. A semana entre o natal e o ano novo se parece muitíssimo com aquele minuto final, onde o narrador diz: "É a última volta do relógio".
Relembramos o ano que passou e algumas vezes queremos vê-lo pelas costas rapidamente. Relembramos? Ora, então estamos vivos e ainda temos memória. Não seria isto por si só um bom sinal? É verdade que durante muitas partidas jogamos com a bola murcha, com o campo encharcado, outras tantas quase sem torcida, em algumas fomos até vaiados. Lembramos sempre daquelas bolas na trave, os chutes errados, os adversários tomando a vez, nosso choro quando o rival comemorou o gol impedido, os injustos cartões amarelos que o destino nos apresentou, o vermelho que nos sangrou.
Bem, seria ótimo se tudo fosse apenas um jogo banal, mas a vida apesar de também ser um, tem inúmeros poréns. Não nos permiti disputa de pênaltis, recurso do tapetão, troca do técnico, dispensa deste ou daquele atleta, prorrogação. O juiz? Basta ver um Bob Jeff! Nossa apresentação é única e sem replay. Bobeou passou a vez. Cada ano é mais um que se foi. Com choro, com desaforo, com vela no amor e com ela na dor, com adeus, com sinusite, com praia, com guerra, com grana ou duro pra cacete, com cafajeste vestido de santo, encontros bonitos, desencontros malditos, despedidas tristes ou benditas. Foi cedo! Já foi tarde.
Por que então não tentar relembrar as partidas jogadas em boas condições onde até recebemos aplausos quando marcamos golaços? Sim, driblamos doenças e desavenças. Enganamos principalmente a sirigaita da morte. Isto com tanta violência já não é uma puta sorte? Hoje estou com síndrome de Poliana! Ontem estava com Hardy, a hiena - ''oh dia, oh vida, oh dor, oh azar’’! Amanhã a cigana lê o meu destino! "O que será o amanhã_ Como vai ser o meu destino"?
Você que soube ganhar o jogo dentro deste campo minado chamado “2006", com todas as adversidades, por vezes tendo que erguer a cabeça quando teve seu gol roubado, que ficou engasgado com àquela engolida de sapo, digere ele de vez ou dá uma vomitada.
Solta o pit bull e toma um red bull enquanto aguarda a virada. Quem sabe não vem a sua vez e o santinho é que vira freguês? Receba seu troféu de campeão se você ao se olhar no espelho ver você mesmo e não um dublê. Parabéns por ter superado a hipocrisia consigo próprio, pois fingir até para si é o maior dos castigos.
Isto não é auto-ajuda e sim um Deus que nos acuda pra sobreviver.
Vai, solta!!!!!!! Solta sua risada mais gostosa.
Relaxa e goza na inevitável curra de tentar fazer uma trilha original num mundo de CDS piratas.
Rosa Pena
De repente comparamos o ano com um jogo. A semana entre o natal e o ano novo se parece muitíssimo com aquele minuto final, onde o narrador diz: "É a última volta do relógio".
Relembramos o ano que passou e algumas vezes queremos vê-lo pelas costas rapidamente. Relembramos? Ora, então estamos vivos e ainda temos memória. Não seria isto por si só um bom sinal? É verdade que durante muitas partidas jogamos com a bola murcha, com o campo encharcado, outras tantas quase sem torcida, em algumas fomos até vaiados. Lembramos sempre daquelas bolas na trave, os chutes errados, os adversários tomando a vez, nosso choro quando o rival comemorou o gol impedido, os injustos cartões amarelos que o destino nos apresentou, o vermelho que nos sangrou.
Bem, seria ótimo se tudo fosse apenas um jogo banal, mas a vida apesar de também ser um, tem inúmeros poréns. Não nos permiti disputa de pênaltis, recurso do tapetão, troca do técnico, dispensa deste ou daquele atleta, prorrogação. O juiz? Basta ver um Bob Jeff! Nossa apresentação é única e sem replay. Bobeou passou a vez. Cada ano é mais um que se foi. Com choro, com desaforo, com vela no amor e com ela na dor, com adeus, com sinusite, com praia, com guerra, com grana ou duro pra cacete, com cafajeste vestido de santo, encontros bonitos, desencontros malditos, despedidas tristes ou benditas. Foi cedo! Já foi tarde.
Por que então não tentar relembrar as partidas jogadas em boas condições onde até recebemos aplausos quando marcamos golaços? Sim, driblamos doenças e desavenças. Enganamos principalmente a sirigaita da morte. Isto com tanta violência já não é uma puta sorte? Hoje estou com síndrome de Poliana! Ontem estava com Hardy, a hiena - ''oh dia, oh vida, oh dor, oh azar’’! Amanhã a cigana lê o meu destino! "O que será o amanhã_ Como vai ser o meu destino"?
Você que soube ganhar o jogo dentro deste campo minado chamado “2006", com todas as adversidades, por vezes tendo que erguer a cabeça quando teve seu gol roubado, que ficou engasgado com àquela engolida de sapo, digere ele de vez ou dá uma vomitada.
Solta o pit bull e toma um red bull enquanto aguarda a virada. Quem sabe não vem a sua vez e o santinho é que vira freguês? Receba seu troféu de campeão se você ao se olhar no espelho ver você mesmo e não um dublê. Parabéns por ter superado a hipocrisia consigo próprio, pois fingir até para si é o maior dos castigos.
Isto não é auto-ajuda e sim um Deus que nos acuda pra sobreviver.
Vai, solta!!!!!!! Solta sua risada mais gostosa.
Relaxa e goza na inevitável curra de tentar fazer uma trilha original num mundo de CDS piratas.