Santiago e o Chile : locos com vinho (2)
Dois Chilenos amigos conversando: de cada 5 palavras, uma será certamente “huevón”, uma forma de insulto que só os amigos se permitem. Significa que o outro é meio tonto , meio vagabundo por ter testículos (los huevos) muito grandes, como os touros que bem cedo são separados apenas para reproduzir, não trabalham e apenas curtem a vida e sua “dura” sina. O Chileno em geral é muito profissional e trabalhador.
O Chile viveu dias de chumbo e sangue. Imaginem o Palácio da Alvorada em Brasília sendo quase destruído por aviões caça do exército brasileiro... Pois foi exatamente isso o que aconteceu em 1973 no Chile: La Moneda foi bombardeada e o então presidente Salvador Allende “foi suicidado”.
Certo ou errado, a partir daí nasceu um novo Chile: há muitos anos o país mais estável da América Latina, com maior crescimento econômico, onde a corrupção também existe mas é uma das menores do mundo. Fazer negócio com uma empresa no Chile não é fácil. Eles são extremamente duros e exigentes, mas cumprem o que se comprometem a fazer e são muito sérios. O Chile não é para amadores, mesmo.
Vinhos Chilenos. Não sei porque alguns ainda preferem franceses, italianos, espanhóis... Um dos melhores do mundo, que se pode obter sem que as garrafas viajem tanto, está aqui bem próximo. Aliás, dizem os Chilenos que após uma praga que devastou todas as plantações de uvas na Europa em meados do século passado, vieram buscar mudas da uva cabernet sauvignon no Chile e o replantio possibilitou que os vinhedos Europeus se recuperassem após alguns anos. A carmenere é bem chilena e dá um tinto muito bom. A promoção que os Chilenos fazem dos seus vinhos é uma aula de marketing, pois em qualquer país que se visite, sempre haverá uma menção ao vinho Chileno. Pelo jeito, até eu entrei nessa...
Santiago tem a sede da CEPAL, que em outros tempos mais bicudos por aqui era um alvo de sonhos adolescentes de mudança. Na época dos governos militares muitos jovens idealistas, exilados ou não, forjaram a sua visão econômica e social no Chile e hoje estão por aí, alguns como governadores e outros até como ex-presidentes...
Ver Santiago do alto é uma boa pedida. O melhor é ir ao Cerro (colina) San Cristobal, cujo acesso é bem central. Lá, além da paisagem deslumbrante, há degustação de vinhos, ouve-se a estória do casillero del diablo e se é apresentado a uma cidade deslumbrante. A mesma geografia que encanta, com a visão da cordilheira a leste de qualquer ponto da cidade também faz com que a dissipação seja muito mais complicada. Os poluentes nem sempre conseguem ultrapassar a barreira de montanhas.
É uma cidade pra se conhecer a pé, sem pressa, parando aqui e ali, visitando as inúmeras feirinhas de artesanato, vendo e ouvindo os artistas de rua em suas evoluções, percorrendo um pouco da história recente da América Latina na região central e depois, comendo um “seviche” ou “chupe de loco”, nesse caso com um bom vinho branco nacional.
Não vou falar mais nada prá não dar água na boca...
Dois Chilenos amigos conversando: de cada 5 palavras, uma será certamente “huevón”, uma forma de insulto que só os amigos se permitem. Significa que o outro é meio tonto , meio vagabundo por ter testículos (los huevos) muito grandes, como os touros que bem cedo são separados apenas para reproduzir, não trabalham e apenas curtem a vida e sua “dura” sina. O Chileno em geral é muito profissional e trabalhador.
O Chile viveu dias de chumbo e sangue. Imaginem o Palácio da Alvorada em Brasília sendo quase destruído por aviões caça do exército brasileiro... Pois foi exatamente isso o que aconteceu em 1973 no Chile: La Moneda foi bombardeada e o então presidente Salvador Allende “foi suicidado”.
Certo ou errado, a partir daí nasceu um novo Chile: há muitos anos o país mais estável da América Latina, com maior crescimento econômico, onde a corrupção também existe mas é uma das menores do mundo. Fazer negócio com uma empresa no Chile não é fácil. Eles são extremamente duros e exigentes, mas cumprem o que se comprometem a fazer e são muito sérios. O Chile não é para amadores, mesmo.
Vinhos Chilenos. Não sei porque alguns ainda preferem franceses, italianos, espanhóis... Um dos melhores do mundo, que se pode obter sem que as garrafas viajem tanto, está aqui bem próximo. Aliás, dizem os Chilenos que após uma praga que devastou todas as plantações de uvas na Europa em meados do século passado, vieram buscar mudas da uva cabernet sauvignon no Chile e o replantio possibilitou que os vinhedos Europeus se recuperassem após alguns anos. A carmenere é bem chilena e dá um tinto muito bom. A promoção que os Chilenos fazem dos seus vinhos é uma aula de marketing, pois em qualquer país que se visite, sempre haverá uma menção ao vinho Chileno. Pelo jeito, até eu entrei nessa...
Santiago tem a sede da CEPAL, que em outros tempos mais bicudos por aqui era um alvo de sonhos adolescentes de mudança. Na época dos governos militares muitos jovens idealistas, exilados ou não, forjaram a sua visão econômica e social no Chile e hoje estão por aí, alguns como governadores e outros até como ex-presidentes...
Ver Santiago do alto é uma boa pedida. O melhor é ir ao Cerro (colina) San Cristobal, cujo acesso é bem central. Lá, além da paisagem deslumbrante, há degustação de vinhos, ouve-se a estória do casillero del diablo e se é apresentado a uma cidade deslumbrante. A mesma geografia que encanta, com a visão da cordilheira a leste de qualquer ponto da cidade também faz com que a dissipação seja muito mais complicada. Os poluentes nem sempre conseguem ultrapassar a barreira de montanhas.
É uma cidade pra se conhecer a pé, sem pressa, parando aqui e ali, visitando as inúmeras feirinhas de artesanato, vendo e ouvindo os artistas de rua em suas evoluções, percorrendo um pouco da história recente da América Latina na região central e depois, comendo um “seviche” ou “chupe de loco”, nesse caso com um bom vinho branco nacional.
Não vou falar mais nada prá não dar água na boca...