*"MEU EXÌLIO"

*Do cárcere da solidão tentei sair renascida e tocada por nova esperança.Divisei ternura e aconchego em um coração surgido nos sonhos e que se fez presente,embora de modo fugaz e quase real.

Lutei comigo tentando colocar os pensamentos na realidade,mas a minha eterna companheira ilusão não permitiu.Vejo-me agora à mercê de um sentimento estranho de amor e repulsa.Quero e desejo,amo e evito querer,choro e sorrio por entre lágrimas,sou assim,dividida ao meio,metade mulher amante e metade sombra.Vivo no abstrato,no singular,no verbo amar conjugado apenas na primeira pessoa do presente.Presente esse de solidão,sem amanhã de carinhos,sem o hoje de abraços,só com o ontem de saudades.

Sinto que vivo apenas o dia a dia da mesmice,carregando n'alma a riqueza de sentimentos que não consigo distribuir e no corpo as marcas talvez de uma pessoa que simplesmente deixa-se levar pela maré nesse mar de vida ,qual barco à deriva procurando um porto seguro para lançar suas ancoras e ficar assim seguro,imune aos ventos da tormenta existencial.

01/02/08 *Marilda*