A Guanabara daqui.
A Guanabara daqui. ( ensaio )
Bush bem que poderia invadir o Brasil. Ele não faz isso porque é burro. Não é estratégia militar. É econômica. Se Bush não der um nó nos bananeiros, Chavez se atreverá. E Lula, dissimulará. Ninguém em sã consciência duvida desse quadro.
É assim a política. Ocupação de espaços para a própria preservação. Os brasileiros são burros como Lula e aplaudiriam qualquer golpe de Estado. Mais da metade dos brasileiros, pelo menos, são burros. A Lula nada mais interessa que dinheiro. A ele, seus filhos e seguidores do lulismo, que acabaram com o PT. Graças a Deus. Agora, nesse imaginário, Lula seria um problema menor para Bush.
O regime democrático liberalmente aberto em país pobre em cultura é um desastre. Por isso o Brasil é um desastre. Nada pode ser pior para nós que essa democracia podre e pobre. É démodé falar em nacionalismo, mas nunca como agora nos caberia um Getúlio Vargas, o anjo do povo que era chamado de corrupto pelos paulistas. Como a desgraça da imoralidade se disseminou, dificilmente acharemos um líder. Falar em militarismo, então, pode parecer crime nos dias hoje, como é crime a apologia ao nazismo. Só na borduna é que vai. Primeiro a borduna, depois a sala de aula. E quem discorda, para mim é pato. Quem discorda é um pato ulyssiano, o rei da horda do vale-tudo. Para ver no que deu.
Poderíamos, então, preparar um levante. Não nas ruas. Como diz Diogo Mainardi, a rua é burra. Nos escritórios, em nossas casas, no nosso imposto de renda, e nos infiltrarmos na coluna lulista com apoio dos militares. Formaríamos um pessoal `` de centro `` - que está na moda. Nunca deporíamos Lula. Ele é essencial. Ninguém negocia melhor do que ele. É judeu por certo. Os Silva tem o nome na Torre do Tombo. Lula fala em dinheiro, não é como FHC que se preocupa em falar em inglês, francês e alemão. Lula seria nosso rei e nosso mor seria um General de espadas. Lula ganharia dobrado porque desempenharia também a função de bôbo. Bôbo dele mesmo.
É por isso que votei em Jarbas Passarinho, em Fernando Collor e em FHC. Ah, esqueci do nosso singelo Alckmin. Gosto dele porque é judeu e seguidor da Oppus Dei. Isso que é político.
Tudo que você leu acima e acha um escândalo, deriva de interpretações da etimologia da palavra POLÍTICA. Tudo.
Para quem não ouve falar faz anos da TFP, me declaro um disciplinado da direita. Tá bem...., centro-direita...
FHC também tem culpa. Achatou os militares e achacou `` pobres`` banqueiros. Ele nasce no MDB e seus próceres certamente eram pedessistas. Teve a virtude de criar aquele programa ..., aquele..., não lembro agora ... Aquele que o Lula adotou para achacar o Nordeste...
De outra parte, o que dizer daqui, de nossa aldeia ?
É quase tudo a mesma coisa, guardadas algumas peculiaridades.
Acredito e confio no Solda. Já me chamaram de ingênuo. Os inimigos, claro. Porque aqui, mais que na Guanabara de Getúlio, a política faz inimigos. Sempre fui um Soldista, porque mesmo de direita – um disciplinado de direita - , o único partido ao centro que respeitei foi o PTB. Por Brizola, por Getulio, por Solda. No caso de Getulio, pela necessidade de tê-lo, embora não haja contemporaneidade alguma, senão a da CLT. Nunca estive tão próximo do Solda como agora, embora me correspondesse com ele, em função de outras atividades. Tenho somente uma testemunha: ele próprio.
Não serei redundante. Seria até enfadonho.
O que mais me admira no Solda ( ele gosta de ser chamado de Vicente ) é justamente o que incomoda seus contendores. O Solda é sanguíneo. Porque filho de pai e mãe ítalo-brasileiros, porque saiu do campo para o caminhão coletor de lixo, porque é taura e leva no peito os desafios. Já disse, não cairei na redundância.
É difícil praticar política em Rio Azul. Há a insuspeição com novos amigos, e isso é verossímil para com novos antipatizantes. Rasteja toda espécie de pragas nojentas que se acobertam no anonimato, a casa dos covardes e fracos de espírito. Epa... fraco de espírito também sou. Por isso sou teimoso.
Eu sofria de uma gastrite nervosa, coisa que os padres carismáticos ( alguns, não todos ) chamam de `` peso dos pecados `` e me curei. Com a turma da prebenda me atacando, esses da raia miúda, poderia ter uma recidiva. Tenho suportado bem, porque tudo será esclarecido e levado a bom termo. Não morrerei descansado se não conhecer a face do inimigo, de quem exigirei retratação e reparações.
Quanto ao mor, perdeu-se. Os dias se vão com poucas soluções.
A vida partidária é fraca, a infidelidade me assombra, nunca vi assim de frente tanta ingratidão exposta.
Por fim – e não querendo uma vez mais parecer redundante – é bom lembrar que tudo é cíclico. Também não acho ser o momento para uma terceira via. Seria desgastante. O ciclo do Solda vive apenas um hiato, durará muito tempo.
Estarei ao seu lado, certamente. Temos conversado muito sobre Rio Azul e vislumbrado grandes possibilidades. Temos rido muito também das patacoadas e patetices dos pelegos da côrte.
Quanto a mim, sou um mainardiano e voltariano. Às vezes.
Quando minhas contas estão em dia, vejo em Goethe e Dostoievski, o que chamo de `` vulgaridades da alma `` , a solução para nossa gente.
Eu já disse ao Solda: precisamos de mais poetas e profetas.
Há muito por fazer.
Teobaldo Mesquita.