O açougueiro
O beijo é o encontro de dois lábios, apaixonados ou não. Marcos tinha certeza dessa afirmação, só que no caso dele a paixão tomara conta de seu peito.
O cenário desta história não tem nada de belo, nem passa perto de um cenário de filme de amor, tudo se passa em um açougue aqui do bairro.
Como eu já disse: tudo aconteceu em um açougue e Marcos, hora trabalhando como balconista, hora como cortador de carne, estava cortando um porco quando Mônica, uma morena linda, olhos verdes, corpo de anjo, realmente um espetáculo da natureza aparecera. Logo quando há viu, Marcos ficou desconcertado, pois era realmente uma deusa. Dona de um charme irresistível Mônica se pôs a frente de Marcos e pediu um quilo de carne, o rapaz ficou tremendo, aquele homem bruto e frio perdia toda sua valentia, já mostrada em uma briga no bar do zé, onde ele sozinho desarmou seis pessoas. Marcos era capoeirista e a sua arte de lutar era uma herança de família, todos da sua família sabiam a arte, mas quando ele chegava à frente de Mônica isso tudo mudava, pois o brutamonte ficava calmo como um cordeiro, o seu ar de homem sério dava lugar a um lindo sorriso, correspondido por Mônica.
Enquanto Marcos preparava a carne para Mônica entrou no açougue um sujeito muito estranho, era um sujeito claro, olhos azuis e mais ou menos 1,80 de altura, e quando ninguém esperava esse sujeito anunciou um assalto, saiu pegando todo dinheiro do caixa, até aí, tudo bem, Marcos manteve a calma, mas quando o assaltante tocou na bolsa de Mônica arrancando-a de seus braços, Marcos se transformou e com um só golpe desarmou o assaltante que saiu correndo com a bolsa. Marcos sai correndo atrás dele, mas a polícia o para, deixando a assaltante fugir, pois os policiais pensavam que Marcos queria agredir o homem.
Mônica ficou sem sua bolsa, graças a testemunhas Marcos conseguiu explicar aos policiais o acontecido. Aquele dia foi marcado para Marcos e Mônica como o dia do início de um grande amor.